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18/06/2024 às 20:22 • Atualizada em 18/06/2024 às 21:49 - há XX semanas | Autor: Da Redação

"MEDO DE SAIR"

Vídeo: Homem agredido em bar na Pituba fala pela 1ª vez; veja relato

Ele foi espancado por um polícial militar na porta de um bar

Vítima não quis se identificar
Vítima não quis se identificar -

O homem que foi agredido com socos no rosto, chutes e teve uma arma apontada na cabeça por um policial em um bar no bairro da Pituba, em Salvador, falou pela primeira vez sobre o ocorrido nesta terça-feira, 18. Em um vídeo enviado para a imprensa baiana, o homem relatou ter medo de sair de casa após o ocorrido.

"Por se tratar de um policial, a gente fica com medo de acontecer algum problema com a gente, um cara armado, entendeu? Então, tudo isso fez com que eu ficasse com medo de fazer o boletim [de ocorrência] na ocasião", revelou a vítima, que preferiu não se identificar.

O crime aconteceu no dia 6 de junho e não foi registrado na delegacia. No entanto, após as imagens serem divulgadas na redes sociais, a unidade começou a investigar o caso para descobrir o motivo da briga e identificar o suspeito, que é um policial militar, e a vítima.

O momento em que o homem foi agredido foi registrado por imagens de câmera de segurança. As agressões duraram pouco mais de quatro minutos. Durante o ocorrido, a vítima cai no chão e recebe chutes na cabeça. Outros três homens presenciaram a agressão e tentaram afastar o agressor, mas não conseguiram. A vítima disse que estava melhor, apesar de sentir dores na costela.

"Estou à base de remédio. Agora, psicologicamente, enfim... Com muito medo ainda, dificilmente, eu saio de casa, quando saio é de carro, de táxi, eu não consigo andar sozinho, a pé", relatou.

Estado de saúde

Segundo o laudo médico no qual o Portal A TARDE teve acesso, a vítima chegou a ter fratura nas costas, mas sem desalinhamento ou afetando de forma mais grave.

Ao falar sobre como se sente hoje, a vítima diz que fisicamente está melhor, mas o psicológico ainda segue abalado. "No dia seguinte ao ocorrido, meu rosto tava todo roxo com arranhões, a cabeça tava cheia de hematomas, a costela doía muito, a ponto de eu não consegui dormir nos outros dias. Tive que dormir a base de remédio, porque eu não estava conseguindo dormir direito de tanta dor. Hoje fisicamente eu estou melhor. Ainda sinto dores na costela, mas estou a base de remédio. Agora, psicologicamente com muito medo ainda. Dificilmente saio de casa", disse.

Suspeito é um policial

O homem suspeito de agredir o outro com socos, chutes e de apontar uma arma para a cabeça da vítima, é o policial Militar Danilo Oliveira Machado. Ele prestou depoimento na quinta-feira, 13.

Danilo Oliveira Machado é lotado na 33ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valéria). Ele foi à delegacia acompanhado pelo advogado e não quis falar com a imprensa sobre o caso. O PM se apresentou à polícia cinco dias depois da briga.

O caso aconteceu no dia 6 de junho, dia do aniversário da vítima. Segundo a delegada Marita Souza, que investiga o caso, o Policial Militar contou, no depoimento, que foi provocado pela vítima. Ainda de acordo com a delegada, o PM teria dito que, em momento algum, pensou em utilizar a arma contra a vítima ou machucá-la a ponto de tirar a vida.

As imagens de câmeras de segurança foram analisadas e testemunhas foram intimadas para prestar depoimento, informou a polícia.

Veja entrevista na íntegra

- Como foi que tudo aconteceu?

Bom, eu não me lembro bem do ocorrido, até porque eu sofri muitos traumas na cabeça. Mas eu cheguei lá, conversei com um amigo. Aí daqui a pouco o agressor começou a mostrar fotos e imagens de pessoas famosas, incluisve vídeo de Mamonas Assassinas. Eu cheguei paro o rapaz e falei: pare com isso, apaga, que isso é feio. A partir daí ele não gostou e começou a discussão e aí gerou aquele problema todo das agressões e da tortura.

- Você já tinha visto aquele policial lá? Você conhecia ele ou já tinha conversado com ele em algum momento?

Não, não conhecia o rapaz. Não lembro do visual dele lá e muito menos nem sabia que ele era policial.

- Como é que você soube que ele era policial?

Após ocorrido, pessoas me falaram que ele era policial, até por estar armado e fazer aquilo que ele fez.

- Você já tinha discutido com ele alguma vez?

Não. Nunca tive conversa nenhuma com ele.

- Depois do todo ocorrido que você desfaleceu, quando você acordou, você pediu ajuda, você telefonou paro o hospital, para o SAMU u para o 190?

Não, não. Eu, segundo as imagens constam, eu levantei, ainda desorientado, e fui sozinho pra casa.

- Você se machucou muito?

Sim, sim. A princípio sim. No dia seguinte, o rosto tava todo roxo com arranhões, a cabeça tava cheia de hematomas, a costela doía muito, muito mesmo. A ponto de eu não consegui dormir nos outros dias. Tive que dormir a base de remédio, porque eu não estava conseguindo dormir direito de tanta dor.

- Os resultado do Raio X confirmou a fratura da costela?

Sim

- Você está aguardando a provocação pa ra confirmar realmente com as imagens mais precisas.

- Por que que você não registou o boletim de cocorrência nos dias seguidos ou levou ao conhecimento da família o fato que tinha ocorrido?

Bom, a princípio como eu falei, eu não tinha lembrado de nada e para mim tinha acontecido alguma confusão e morreu aí. Só que com o passar do tempo, começou a chegar vídeos para mim mandando olhar, pessoal dizendo que ia divulgar nas nas redes sociais, na televisão e eu pensei que ia morrer ali né?

Só que quando eu comecei a ver o vídeo, que eu não conseguia assistir todo, eu achei que não ia dar em nada. Só que várias pessoas começaram a ter conhecimento, minha família soube e começou a ter esse clamor público, caiu minha ficha que eu escapei de morrer. Até então eu estava com com medo porque por se tratar um policial, a gente fica com fica com medo de acontecer alguma coisa com a gente, um cara armado.

Então tudo isso fez com que eu ficasse com medo de fazer o boletim na ocasião e de acontecer alguma coisa comigo.

- Como você se sente hoje?

Hoje, fisicamente eu estou melhor. Ainda sinto dores na costela, mas estou a base de remédio. Agora, psicologicamente ainda estou com muito medo. Dificilmente saio de casa, quando saio é de carro ou de táxi, de tranporte por aplicativo. Eu não consigo andar sozinho a pé, tenho esse medo ainda dentro de mim. Mas graças a Deus o pior já passou e agora é só esperar a justiça ser feita para com esse cidadão.

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