EMOÇÃO
Brigadista conta drama em resgate de vítimas de tragédia na BR-324
Equipe de brigadistas foi acionada pela PMBA, por volta das 23h, para auxiliar no resgate
Por Da Redação
O brigadista Lucival Souza se deparou com uma das maiores tragédias em rodovias baianas na noite do último domingo, 7, quando se deparou com destroços de veículos e vítimas fatais, ao tempo em que outras esperavam por socorro nas ferragens. A cena que ainda paira na memória do resgatista voluntário foi fruto da colisão entre um micro-ônibus de turismo e um caminhão carregado com mangas, na BR-324.
Entre os destroços e as marcas deixadas pelo grave acidente, que vitimou 25 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, Lucival correu contra o tempo. O suor no rosto, o esforço físico, a concentração em meio a tristeza com aquilo que estava diante dos seus olhos. O peso do mundo caiu sobre os ombros, enquanto lutou para salvar o máximo possível de netos, de tios, pais, irmãos, que voltavam de uma excursão turística de Guarajuba, no litoral baiano, dentro do transporte coletivo.
Do outro lado, dentro do caminhão usado para trabalho, que no momento do acidente, por volta das 23h, transportava frutas, três histórias foram interrompidas pela colisão. Em meio ao momento caótico, o brigadista voluntário, com o apoio de órgãos governamentais e outros colegas voluntários, contribuiu para o resgate de oito pessoas com vida.
“Encontramos dificuldades com os materiais que se espalharam pela entrada, e com a necessidade de corrermos contra o tempo porque a cada minuto corria o risco de perdemos mais uma vida, mas graças a Deus o resgate foi considerado positivo”, disse Lucival.
Ele faz parte da equipe da Brigada Anjos Jacuipenses. Por volta das 23h do último domingo, o resgatista contou que o grupo foi acionado pela Polícia Militar do Estado (PM-BA). Com a missão de auxiliar na retirada das vítimas do local do acidente, ele teve o apoio de ferramentas como macaco hi-lift, tesourão, tesouro hidráulico, serra sabre, desencarcerador e um trator esteira.
Os materiais foram usados para vencer a resistência da fuselagem veicular, retorcida pela força do impacto entre os veículos. No local do acidente, ainda enfrentou os riscos causados por um princípio de incêndio, que foi contido pelas equipes presentes, antes mesmo da realização dos resgates.
Tragédia
De acordo com informações da Brigada Voluntária Anjos Jacuipenses, que há sete anos atua em Riachão de Jacuípe e região, o acidente teria acontecido por volta das 22h30, na altura do Km 381, trecho entre as cidades de Gavião e Nova Fátima. O micro-ônibus retornava da região de Guarajuba para Jacobina, quando bateu de frente com o caminhão. As vítimas estavam em uma excursão e passaram o dia na praia.
>>>Saiba quem são as vítimas do grave acidente na BR-324
O acidente deixou 25 mortos, além de cinco feridos, e entrou para a história da Bahia como um dos acidentes mais graves já ocorridos nas rodovias baianas. A cidade de Jacobina decretou luto oficial de três dias. O comércio local fechou as portas em consternação pelos jacobinenses que perderam as vidas no ocorrido.
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