TARIFAÇO
Carballal diz que diálogo com empreendedores dos EUA está encerrado
Presidente da CBPM afirma que as questões diplomáticas passam pelo governo federal
Por Anderson Ramos e Rodrigo Tardio

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, disse que o órgão encerrou qualquer tipo de conversa com empreendedores que venham dos Estados Unidos. A decisão vem após o tarifaço de 50%, imposto ao Brasil pelo presidente Americano, Donald Trump.
"A gente na verdade aguarda quais são as determinações, orientações e qual vai ser a forma de atuação. Somos procurados por empresários e por grandes conglomerados. Isso envolve uma questão diplomática, que está a cargo do governo federal, o que envolve ainda o governador Jerônimo Rodrigues (PT)", disse.
Carballal participou do segundo dia do Bahia Export, fórum estadual de logística, infraestrutura e transportes realizado nesta sexta-feira, 15, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador.
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De acordo com Carballal, em setembro, vai haver um diálogo com o governo da França, após uma conversa inicial, bem como deve haver ainda uma conversa com o governo da Itália.
"Vamos dialogar com empresários franceses, italianos, e em setembro e outubro vamos ter conversa na Austrália. Estamos dialogando com todos os empreendedores do mundo, porque a Bahia tem a pluralidade dos minerais, com ênfase nos minerais da transição energética", afirmou.
Carballal valorizou o potencial da Bahia no quesito da transição energética. "Temos condições de abastecer o mundo com esses minerais da transição energética. Um evento como o Bahia Export, nos dá a oportunidade de dialogar e mostrar que a gente precisa para a nossa infraestrutura, e assim atender a demanda", reiterou.
Não se curvar diante de uma provável pressão dos EUA, é uma das atitudes que a mineração da Bahia deve adotar com a atual situação.
"O Trump procura que fiquemos em um processo colonial ao qual os Estados Unidos passam a deter o controle sobre as nossas riquezas. É nitidamente isso e nós não podemos aceitar. Não adianta ficar batendo o pé. A gente precisa enfrentar, entender, desenvolver e atrair tecnologia, como iremos fazer em outubro, lançando um hub de mineração para desenvolver tecnologia aqui", previu.
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