SEM PERSPECTIVA
Há 2 meses sem receber, trabalhadores da Caraíba decretam greve geral
Metalúrgica suspendeu operações em agosto e oferece ações em queda livre como pagamento

Por Alan Rodrigues

Trabalhadores da Caraíba Metais, em Dias d´Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, deflagraram nesta segunda-feira, 24, uma greve geral para cobrar o pagamento de salários e benefícios em atraso há dois meses.
Segundo fontes do sindicato dos metalúrgicos local, apenas 20 dos 80 trabalhadores escalados para a hibernação da fábrica estão trabalhando. A empresa anunciou a demissão de 287 trabalhadores que estavam em casa desde setembro. Outros 236 foram desligados em 1º de julho sem nenhum pagamento.
A proposta apresentada foi de converter 40% das rescisões em ações da empresa, que se encontra em recuperação judicial há dois anos. O valor da ação está em queda livre e, desde a celebração reduziu quase pela metade, de R$ 1,37 para R$ 0,77 na cotação atual. O restante do pagamento seria feito em parcelas mensais a partir de janeiro de 2026.
Outros 287 trabalhadores, que agora estão na pauta de demissões da Paranapanema, controladora da Caraíba, trabalharam até agosto, quando a empresa deixou de receber sucata para refino.
Esses foram desligados no fim de setembro. Para eles foi oferecido R$ 3 milhões em lama de gesso, resultante da purificação de efluentes com cal. Esse material, segundo a Caraíba, poderia gerar até R$ 90 milhões em recursos, o que trabalhadores da área operacional contestam.
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O que diz a empresa
A reportagem de A TARDE solicitou posicionamento à Paranapanema sobre a decisão dos funcionários de deflagrar greve e as propostas apresentadas aos demitidos. A empresa enviou a seguinte nota:
“A Paranapanema informa que, nesta terça-feira (25/11), realizará reunião com representantes do sindicato dos colaboradores”.
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