ECONOMIA
Mensalidade escolar na Bahia deve subir até 10% em 2025, aponta Sinepe
Patamar é o dobro da inflação prevista pelo Banco Central para o fim deste ano, com 4,3%
Por Da Redação
Escolas particulares devem reajustar as mensalidades em 2025 entre 8% e 10%, segundo um levantamento do Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições de ensino. O patamar é o dobro da inflação prevista pelo Banco Central para o fim deste ano, com 4,3%.
Segundo Jorge Tadeu, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe), a perspectiva para as escolas baianas aponta um percentual entre 8% e 10%.
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"É orientar cada associado a fazer seu preço de anuidade baseado na sua planilha de custos e dos investimentos planejados. A vida contemporânea tem exigido muita atenção e investimentos na educação emocional", diz Tadeu.
Sobre o levantamento
A pesquisa ouviu 680 escolas particulares de todas as regiões. Veja a expectativa das correções para cada região:
Centro-Oeste: 9%
Norte: 9%
Nordeste: 9%
Sul: 8%
O CEO do Grupo Rabbit, Christian Rocha Coelho, explica que três fatores são considerados na definição do reajuste: a inflação do período, os investimentos feitos pela escola e o reajuste dos salários dos professores.
O nível de correção das mensalidades é similar à média encontrada para este ano, de 9,2%, como previu a consultoria em 2023. Ainda segundo a pesquisa, os percentuais para o próximo ano letivo sinalizam uma estratégia das instituições privadas de ensino para recuperar as perdas da pandemia, quando houve redução no número de alunos e aumento da inadimplência e da concessão de descontos.
De acordo com Coelho, as escolas particulares registraram 25% de inadimplência e 20% de perda de alunos na pandemia. A perspectiva aponta um mínimo de cinco anos de recuperação das perdas na pandemia. Caso os resultados sejam positivos, em 2026 o cenário será mais equilibrado e os reajustes das mensalidades podem ser mais suaves.
No ano passado, outra pesquisa do Grupo Rabbit ouviu 1,4 mil escolas do país, e constatou que 7% delas estavam com cerca de 10% das receitas comprometidas com dívidas. Para o especialista, isso prejudica investimentos em infraestrutura, como pintura, troca de mobiliário e upgrade de computadores e equipamentos.
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