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CASO PARAÍSO PERDIDO

Morte de dono de pousada na Bahia não foi suicídio, diz polícia

Viúva de empresário, suspeita de envolvimento no crime, segue foragida

Por Da Redação

19/04/2022 - 20:18 h
Leandro Troesch foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada em fevereiro
Leandro Troesch foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada em fevereiro -

O inquérito sobre a morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, foi concluído. De acordo com o delegado Rafael Magalhães, nesta terça-feira, 19, o laudo apontou que o caso não foi um suicídio.

>>> Tiroteio em pousada deixa dois mortos e duas blogueiras presas

Leandro foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada em fevereiro. Ao portal G1, o delegado informou que o inquérito já foi remetido à Justiça, e que, tanto a viúva do empresário, Shirley Silva Figueredo, quanto a amiga dela, Maqueila Santos Bastos, foram indiciadas por envolvimento na morte do empresário. No entanto, não foi detalhada a participação das duas no crime.

Além da de Leandro, as duas também são investigadas pela morte de um funcionário da pousada Paraíso Perdido, Marcel da Silva Vieira, o ‘Billy’. Ele, que era braço-direito do empresário, foi encontrado morto no dia 7 de março, mesmo dia em que prestaria depoimento sobre o caso do patrão.

Shirley Figueiredo segue foragida da Justiça. Na última semana, a Justiça determinou a manutenção da prisão temporária de Maqueila Bastos. Ela foi transferida para o Presídio Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

Relembre o caso

Leandro Troesch foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado da companheira Shirley da Silva Figueredo. Os dois foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro cometidos em 2001 contra uma mulher em Salvador.

Eles eram réus junto com outras três pessoas. No processo, o empresário foi citado como o condutor do carro e a pessoa que efetuou os saques bancários, enquanto Shirley foi a responsável por buscar o pagamento do resgate.

O casal foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. No entanto, ambos viviam uma vida de luxo na Praia dos Garcês, publicando normalmente fotos nas redes sociais.

No dia 25 de fevereiro, Leandro foi encontrado morto dentro de um dos quartos da pousada Paraíso Perdido. À polícia, Shirley que estava no banheiro e não presenciou o momento do tiro.

Dias depois, no início de março, Marcel da Silva Vieira foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo. “Braço direito" de Leandro, ele também era uma testemunha fundamental na investigação e morreu às vésperas de ser ouvido novamente pela polícia.

A viúva de Leandro, Shirley, fugiu logo após a morte de Marcel. Ela, que cumpria prisão domiciliar, está foragida desde então. Segundo Rafael Magalhães, delegado responsável pelas investigações, o cofre da pousada foi esvaziado e o local do crime foi alterado após a morte do empresário.

Já Maqueila Bastos teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março. Ela, que respondia em liberdade a processos por estelionato, fez amizade com Shirley durante a prisão em 2021. Quando foi liberada pela Justiça, Maqueila passou a trabalhar na pousada Paraíso Perdido.

O delegado responsável pelo caso, Rafael Magalhães, disse ao G1 que Leandro Troesch não aprovava a amizade entre Shirley e Maqueila. Uma foto publicada em uma rede social mostra que Maqueila tem o nome de Shirley tatuado ao lado do desenho de um coração, no braço direito. Na imagem, ela utilizava uma aliança dourada contendo a letra ‘S’.

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