BAHIA
MP-BA ajuíza ação contra prefeitura de Nazaré por danos em riacho
Segundo entidade, problemas são causados por barracas que despejam resíduos nas margens do Riacho Jacaré
Por Da Redação

Uma ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra a prefeitura de Nazaré, por causa de danos ambientais nas margens do Riacho Jacaré. O caso foi divulgado nesta sexta-feira, 10.
Segundo informações do MP-BA, a ação pede que a Justiça ordene a determine medidas urgentes para reparar os danos ambientais provocados por barracas que estão despejando resíduos nas margens do Riacho Jacaré.
Entre as medidas solicitadas na ação, ainda de acordo com o MP-BA, estão o levantamento atualizado dos empreendimentos existentes e a implementação de ações para evitar novas instalações ao longo das margens do riacho. Além disso, a entidade requer ações imediatas para interromper o depósito irregular de resíduos sólidos no riacho, bem como um estudo para avaliar o impacto ambiental do descarte inadequado de lixo e a compatibilidade das instalações existentes com a preservação da área protegida.
O MP-BA destaca que, como pedido final, solicitou que em um prazo de 90 dias seja feita a elaboração de um projeto de engenharia para corrigir o lançamento de efluentes brutos diretamente no riacho, caso seja viável a permanência das barracas. “Caso contrário, o Município deve elaborar um cronograma de desocupação e demolição das construções levantadas”, diz o MP-BA.
Além disso, a ação inclui um pedido para a elaboração de um projeto de recuperação da área degradada, abrangendo a restauração da qualidade do corpo hídrico, o reflorestamento da mata ciliar e um cronograma para a execução dessas atividades, com relatórios periódicos sobre o progresso das medidas adotadas.
Segundo o promotor de Justiça Samory Pereira Santos, responsável pelo caso, a ação foi necessária após esgotarem-se as medidas administrativas ao longo dos últimos nove anos. “Mesmo com alertas do MP sobre a responsabilidade do Município de Nazaré na proteção do meio ambiente, este se eximiu de responsabilidade, argumentando que a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário seria de responsabilidade de outro órgão”, destacou Samory Pereira Santos.
O Portal A TARDE tentou obter um posicionamento da prefeitura de Nazaré, no entanto não conseguiu contato.
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