Operação El Patron: PMs são transferidos para presídio federal | A TARDE
Atarde > Bahia

Operação El Patron: PMs são transferidos para presídio federal

Um celular foi apreendido nas celas que os PMs ocupavam e será periciado para análise de conteúdo

Publicado terça-feira, 16 de janeiro de 2024 às 15:30 h | Autor: Da Redação
A transferência foi realizada por agentes do MP-BA, do Gaeco, do Gaep, da Force e da PF
A transferência foi realizada por agentes do MP-BA, do Gaeco, do Gaep, da Force e da PF -

Três policiais militares presos durante a 'Operação El Patron' foram transferidos nesta terça-feira, 16, para o Presídio Federal de Campo Grande (MS). A decisão foi determinada pela Justiça, que considerou a periculosidade dos acusados.

A transferência foi realizada por agentes do Ministério Público estadual; dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Execução Penal (Gaep); da Polícia Federal e da Força Correcional Integrada (Force/Coger) da Secretaria de Segurança Pública.

As celas que os PMs ocupavam no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas (RMS), passaram por buscas e foi apreendido um celular. Ele será periciado para extração e análise do seu conteúdo.

Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho foram denunciados pelo MP, com mais 12 pessoas, na 'Operação El Patron'. Eles respondem na Justiça por integrar organização criminosa responsável por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, cometidos na região de Feira de Santana, na Bahia.

Entre os alvos da operação está o deputado estadual Binho Galinha (PRD, ex-patriota), que é suspeito de liderar a organização criminosa. A esposa e o filho dele, Mayana Cerqueira da Silva e João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, estão entre os presos.

>> Leia mais: Binho Galinha já foi preso por integrar quadrilha e sofreu atentado

Os três policiais são apontados por formar o núcleo armado da Orcrim, realizando com uso da violência cobrança de dívidas decorrentes das atividades ilícitas do grupo (principalmente a agiotagem e jogos de azar). De acordo com as investigações, eles teriam movimentado quase R$ 15 milhões, além de serem proprietários de bens e imóveis não declarados, valor e patrimônio incompatíveis com a renda declarada deles. 

Na operação, seis pessoas foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, com bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

As investigações continuam em andamento. Caso sejam condenados pelos crimes cometidos, os investigados poderão cumprir penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Publicações relacionadas

MAIS LIDAS