PRESÍDIO
PF pede que mandante de ataque em Valéria vá para segurança máxima
Além do homem identificado como 'Amarelo', mais três pessoas devem ser transferidas
Por Leo Moreira
A Polícia Federal solicitou que o homem apontado como mandante do ataque que resultou na morte do policial federal, Lucas Caribé, Pablo Ribeiro de Moura, vulgo 'Amarelo' seja transferido para uma unidade de segurança máxima. No entento, o destino do líder da facção criminosa denominada 'Bonde do Maluco' ainda é incerto.
Durante a entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 29, sem revelar nomes, o delegado Diego Gordilho da GISE, salientou que ainda não se sabe quantos e para onde as lideranças iram ser transferidas. "No momento oportuno, quando isso acontecer, nós vamos informar quem são eles e para onde vão", disse.
Além de 'Amarelo', outros três homens, todos dentro do sistema prisional, tiveram mandados de prisão cumpridos nesta manhã durante a Operação Temporal. Os nomes dos demais não foram divulgados.
O comando para o ataque no dia 15 de setembro partiu de dentro do presídio. Conforme as investigações, a determinação teria sido feita por uma chamada de vídeo para cerca de 100 integrantes do grupo. Todos estavam reunidos em uma região de mata no dia anterior ao ataque entre os bairros da Palestina e Valéria. No entanto, durante as investidas de cerca de 50 criminosos, o grupo se deparou com uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado - Ficco, que realizava uma operação na localidade.
'Puxadores' mortos na operação
Ao todo, a ação que aconteceu em diversos bairros de Salvador e Região Metropolitana cumpriam 12 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Além deste, dois alvos das ações conseguiram escapar e dois morreram em confronto com a Polícia.
Entres os mortos estavam dois homens apontados como participantes diretos na ação do dia 15 de setembro, em Valéria. Um deles foi identificado como Pablio Henrique Barbosa Almeida, de 25 anos, o Emílio Gaviria, em referência ao famoso narcotraficante Pablo Escobar.
"No momento do cumprimento dos mandados de prisão, esses indivíduos, mais uma vez, tentaram uma reação com parte do Estado e não houve outra alternativa a não ser as equipes policiais acessarem a justa agressão e vieram à órbita. [...] É um modus operandi da organização criminosa e ao longo deste ano de 2023 e em demais anos, de buscar esse enfrentamento perante as forças de segurança públicas, que foi o caso, mais uma vez", salientou.
Além de 'Emílio Gaviria', outro homem apontado como puxador de bonde, e que também estaria na ação de 15 de setembro, resistiu a prisão e foi morto durante confronto com equipes do Bope, no bairro de Paripe.
"O Bope se deslocou juntamente com a equipe da Polícia Federal para o cumprimento desse mandado e ao identificar justamente a casa, a residência para cumprimento do mandado, a equipe foi recepcionada justamente com disparos de arma de fogo. Os policiais revidaram e quando cessou aquela injusta agressão, identificaram que o alvo justamente daquele mandado estava atingido", disse, o major Luiz Henrique do Bope.
O suspeito chegou a se socorrido, mas não sobreviveu. Com ele foi apreendido uma pistola Glock, modelo G25, calibre 380.
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