DE DENTRO DO PRESÍDIO
Saiba quem é o homem por trás do ataque que matou o PF Lucas Caribé
Líder de facção ordenou ataque a facção rival de dentro de presídio
Por Leo Moreira
As ordens para o ataque que resultou na morte do policial federal Lucas Caribé, no dia 15 de setembro deste ano, durante uma operação no bairro de Valéria, em Salvador, partiram do Complexo Penitenciário da Mata Escura. A informação foi obtida pelo Portal A TARDE por meio de uma fonte policial.
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Segundo as informações, o comando veio do homem apontado como liderança da facção criminosa 'Bonde do Maluco', Pablo Ribeiro de Moura, vulgo 'Amarelo'. Ex "10 de espadas" do Baralho do Crime, ele foi preso em julho do ano passado, na cidade de São Paulo, pouco mais de 30 dias após ser inserido na ferramenta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que reúne os mais procurados do estado. A captura aconteceu durante a Operação Tarja Preta, da Polícia Federal da Bahia.
'Amarelo' tinha como principais áreas de atuações o município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, e os bairros de Palestina e Valéria, em Salvador. Na capital baiana, estes bairros são considerados pontos estratégicos para o tráfico de drogas, uma vez que são localizados na BR-324 e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba.
Por conta deste interesse, as ordens para atacar uma facção rival aconteceu. A determinação teria sido feita por uma chamada de vídeo para cerca de 100 integrantes do grupo. Todos estavam reunidos em uma região de mata no dia anterior ao ataque entre os bairros da Palestina e Valéria. No entanto, durante as investidas de cerca de 50 criminosos, o grupo se deparou com uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado - Ficco, que realizava uma operação na localidade.
Além de 'Amarelo' a ação da manhã desta quarta-feira resultou no cumprimento de mandado de prisão contra mais três pessoas que estavam no sistema prisional e na morte de dois homens apontados como 'puxadores de bonde', como salientou o delegado Diego Gordilho , GISE da Polícia Federal, durante entrevista coletiva na sede da corporação.
"As investigações estão em andamento, mas houve sim uma participação de elementos em unidades prisionais, na ordem, ou seja, na estrutura logística direta ou indireta no episódio de 15 de setembro. Nessa primeira fase da Operação Temporal, o objetivo foi alcançar a estrutura de liderança e importância da organização criminosa. Foram cumpridos mandados contra pessoas de importância, tanto na cadeia de comando, quanto no operacional", explicou.
O confronto resultou na morte do agente federal, além deixar dois policiais feridos e suspeitos de integrar a facção, mortos.
Na manhã desta quarta-feira, 29, 'Amarelo' e uma outra pessoa foram transferidas para unidades de segurança máxima. Ainda não há detalhes sobre as mudanças.
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