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RELATÓRIO

Venda de remédios para doenças crônicas cresce 10 vezes no Nordeste

Medicamentos mais vendidos tratam diabetes, cardiopatias e transtornos mentais

Por Madson Souza

01/05/2025 - 6:05 h | Atualizada em 01/05/2025 - 7:32
Especialistas vinculam o aumento da procura por remédios para transtornos mentais ainda aos impactos do período da pandemia
Especialistas vinculam o aumento da procura por remédios para transtornos mentais ainda aos impactos do período da pandemia -

A venda de medicamentos para diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais saltou para mais de seis vezes, quatro vezes, e cinco vezes, respectivamente no Nordeste nos últimos seis anos (2019-2024) conforme relatório da plataforma epharma. Ao longo desse período as vendas chegaram a crescer até mais de 10 vezes na região, que lidera no país. O maior acesso aos remédios por conta da ampliação do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) e envelhecimento da população são consideradas causas para a maior comercialização de medicamentos.

Em 2023, a comercialização de medicamentos para diabetes alcançou o auge de vendas no Nordeste com um aumento de 1.154%, número 12 vezes maior que o de 2022. Ainda no ano de 2023, as vendas de remédios para doenças cardiovasculares cresceram 1.040%, enquanto a de transtornos mentais subiu 1.056%, em comparação com 2022.

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Para o diretor de prevenção cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Bahia (SBC-Bahia), Marcos Barojas, uma das razões para o aumento das vendas está no maior acesso a esses remédios. “São substâncias ativas que entraram numa lista de medicamentos, com subsídio integral ou parcial do governo, por uma questão de política pública de acesso à saúde. O que a gente observa é que provavelmente havia uma demanda reprimida de acesso”, comenta. O Programa Farmácia Popular do Brasil, do Governo Federal, é o que possibilita esse maior acesso aos medicamentos.

Os principais medicamentos vendidos para doenças cardiovasculares na epharma foram losartana, rosuvastatina e metoprolol. Já para diabetes, nos últimos seis anos, foram metformina, gliclazida, dapagliflozina+metformina, semaglutida e dapagliflozina. Em relação aos transtornos mentais foram sertralina, clonazepam, escitalopram, venlafaxina e desvenlafaxina.

O envelhecimento não saudável da população é outra razão para o aumento da venda de medicamentos no Nordeste e no país, conforme o secretário geral do Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA), Francisco Pacheco. O número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% na população do país em 12 anos, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2022. O total da população dessa faixa etária alcançou 22,2 milhões de pessoas em 2022 contra 14 milhões (7,4%) em 2010.

Ainda que a região Nordeste seja considerada a 2ª com população mais jovem - perdendo apenas para o Norte -, ainda assim passa por um processo de envelhecimento também segundo o Censo. “Temos um envelhecimento populacional, que está se dando de uma forma não saudável. A chegada a essa faixa etária mais elevada de uma faixa representativa da nossa população é o momento em que há uma eclosão mais acentuada desses agravos, em especial as doenças cardiovasculares e outras como diabetes”, afirma o membro do CRF-BA. O aumento da procura por remédios para transtornos mentais, ainda segundo Francisco, tem a ver ainda com o impacto do período da pandemia.

Abuso

O uso abusivo de medicamento é uma questão que preocupa profissionais da saúde e chama atenção mediante o aumento da venda de remédios. Os conselhos de farmácia do país pretendem tratar do tema de forma intensiva a partir de 5 de maio, que é o Dia do Uso Racional de Medicamentos. Na data, os conselhos estimulam os profissionais da área da saúde para orientar a população sobre o uso abusivo de medicamentos, como é o caso do Ozempic.

“A principal utilização do remédio é para diabetes, mas sabemos que está sendo usado para emagrecimento. O que pode ser caracterizado como uso iracional ou abusivo do medicamento. Se não for algo prescrito a partir de um profissional de referência o que podemos ter é um uso inadequado, que pode provocar distúrbios metabólicos, danos aos órgãos internos, inclusive sem conseguir o emagrecimento. O uso excessivo e de forma não controlada pode causar sérios danos à saúde desse indivíduo”, explica Francisco Pacheco do CRF-BA.

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Tags:

doenças Nordeste remédios

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