BAÍA DE TODOS-OS-SANTOS
Veneno e espinhos: peixe invasor é encontrado na Bahia
O peixe foi visto e capturado pelos próprios moradores
Por Redação

Os moradores de Taipu, destino turístico dentro da cidade de Maraú, no baixo sul da Bahia, tiveram uma surpresa inusitada: a aparição de um "peixe leão". De origem no oceano Indo-Pacífico, a espécie é considerada extremamente venenosa e pode causar desequilíbrio no ecossistema marinho.
O peixe foi visto e capturado pelos próprios moradores. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, o animal tem 18 espinhos venenosos e o contato com ele pode causar dores, náuseas e até convulsões em humanos.
De acordo com a gestão municipal:
- Cada fêmea da espécie põe até 30 mil ovos a cada 26 dias
- Cada espécie pode comer até 20 peixes em 30 minutos, inclusive presas grandes.
O que fazer ao encontrar?
Especialistas orientam que caso encontrem o peixe-leão, é preciso:
- captura-los apenas se estiverem com as mãos cobertas;
- ter cuidado para que os espinhos não entrem em contato com a pele.
- não devolvam o peixe-leão ao mar;
- caso perceba que houve o contato com o animal, o local deve ser lavado com água quente
- em seguida, a pessoa deve procurar atendimento médico;
- caso não tenha habilidade para pegar o peixe-leão, as pessoas devem entrar em contato pelo e-mail [email protected] e informar onde e quando viu a espécie.
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Curiosidades do peixe-leão:
- Cresce rapidamente
- Se reproduz muitas vezes ao ano e consegue gerar milhares de ovos e larvas durante os processos reprodutivos.
- Pode alcançar até 47 cm na fase adulta
- Potenciais predadores não o reconhecem como presa, por não ser uma espécie nativa.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, o peixe resgatado em Maraú será objeto de pesquisa.
Notificações
Até junho deste ano, cinco indivíduos de peixe-leão em idade adulta e reprodutiva, foram identificados na Baía de Todos-os-Santos, segundo a Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Eles foram avistados na região de Morro de São Paulo, baixo sul do estado, e em Salvador.
Até então, não existe um programa de monitoramento específico para detectar a espécie. Os registros feitos são considerados pontuais e eventuais.
Mudanças climáticas
Especialistas afirmam ainda que o movimento também tem ligação com:
- aquecimento das águas;
- à intensa circulação marítima internacional;
- às mudanças nos ecossistemas costeiros causadas por poluição urbanização e alterações climáticas.
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