BRASIL
Alexandre de Moraes ofereceu auxílio a Padre Júlio sobre CPI
Religioso revelou ligação do ministro do STF
O padre Júlio Lancellotti afirmou nesta sexta-feira, 5, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o ligou e disse estar "coletando informações" sobre a possível CPI que miraria o religioso.
"Ele [Moraes] disse que está juntando todas as informações, e para isso, também ia conversar com o presidente da Câmara de São Paulo", disse o padre Júlio em entrevista à CNN Brasil.
>> Padre Fábio de Melo quebra o silêncio sobre caso de Júlio Lancellotti
Além disso, na ligação, Moraes teria oferecido ajuda ao padre. "[Moraes disse que] manifestava apoio e solidariedade, e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos", contou.
Vereadores de direita querem investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com pessoas em situação de rua, com o religioso como principal investigado.
A abertura da CPI foi pedida pelo vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), e contou com as 24 assinaturas necessárias dos vereadores. Desde a quinta-feira, 4, alguns vereadores, como Tammy Gretchen (PL) retiraram a assinatura.
A justificativa é que o padre Julio Lancellotti, comanda uma suposta “Máfia da Miséria” pelo seu trabalho social, principalmente com dependentes químicos na Cracolância.
“A gente tem que entender o problema na complexidade que ele tem. Quando dizem que a Cracolândia existe por causa de mim, eu sempre penso: ‘se eu morrer hoje ou amanhã, a Cracolândia vai desaparecer?’. Se eu sou a causa, é tão fácil de resolver. É só eu morrer que acabou a Cracolândia. Não tem mais...”, declarou Lancelotti em entrevista à GloboNews.
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