BRASIL
Aluguel vai ficar mais barato? Índice fecha 2025 em queda de 1,05%
Índice Geral de Preços é conhecido como a “inflação do aluguel”

Por Victoria Isabel

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a “inflação do aluguel”, encerrou 2025 com deflação acumulada de 1,05%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em dezembro, o indicador teve leve recuo de 0,01%, após alta registrada em novembro. Apesar do resultado negativo no ano, a queda não garante, necessariamente, redução nos valores dos aluguéis.
Aluguel vai cair?
Mesmo com o IGP-M negativo, especialistas destacam que o impacto nos aluguéis depende do contrato. Nos casos em que o índice ainda é usado como referência, o reajuste anual pode ser menor ou até resultar em redução, desde que isso esteja previsto contratualmente. No entanto, muitos contratos mais recentes passaram a adotar o IPCA, que segue em alta.
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Além do índice de reajuste, fatores como oferta e demanda por imóveis, renegociação de contratos vencidos e os preços praticados no mercado imobiliário também pesam na definição do valor do aluguel. Por isso, mesmo com a queda do IGP-M em 2025, os aluguéis podem continuar subindo em diversas regiões do país.
IPA e IPC
A deflação do IGP-M foi puxada principalmente pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da composição do indicador, caiu 3,35% em 2025, refletindo a desaceleração da atividade econômica global e a melhora das safras agrícolas, que ajudaram a reduzir os custos das matérias-primas.
Já os preços ao consumidor seguiram trajetória diferente. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, apresentou alta moderada ao longo do ano, com pressões concentradas nos setores de serviços e habitação. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por 10% do cálculo, acumulou alta de 6,01% em 12 meses, influenciado principalmente pelo aumento dos custos com mão de obra e serviços.
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