BRASIL
Após 30 anos, Banco Central anuncia o “fim” das cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100
Mudança faz com que as notas antigas sejam recolhidas, afetando a forma como o dinheiro em espécie é circulado

O Banco Central do Brasil deu início, nesta quarta-feira, 17, ao processo de retirada definitiva das cédulas de R$ 2 a R$ 100 da primeira família do Real, lançadas em 1994, no início do Plano Real. Na prática, o dinheiro antigo segue com valor legal e pode ser usado normalmente, mas deixa de voltar à circulação sempre que passa pelo sistema bancário.
A medida faz parte da política de renovação do meio circulante e não prevê recolhimento imediato por parte da população. O foco está no fluxo natural do dinheiro: quando as notas antigas chegam a caixas de bancos, em depósitos, pagamentos ou trocas, elas são separadas e retidas, em vez de retornarem ao bolso dos consumidores.
Com isso, a presença dessas cédulas no cotidiano tende a diminuir de forma progressiva. O impacto é percebido aos poucos, à medida que o papel moeda antigo vai sendo substituído por notas mais recentes, com melhor estado de conservação e elementos de segurança atualizados.
O que muda para quem usa dinheiro vivo
As notas da primeira família do Real continuam sendo aceitas em compras e transações, já que permanecem como meio de pagamento legal. A diferença ocorre quando entram no circuito bancário: ao serem identificadas, passam a ser recolhidas pelas instituições financeiras.
Na prática, o consumidor ainda pode receber uma cédula antiga no comércio, mas ela tende a desaparecer do uso cotidiano assim que retornar ao sistema financeiro.
Como funciona o processo nos bancos
O procedimento orienta que as cédulas antigas sejam separadas durante as atividades de caixa. Depois disso, elas seguem para custódia e para o fluxo de substituição definido pelo Banco Central. Com o tempo, a circulação passa a ser dominada pela segunda família do Real, que entrou em circulação a partir de 2010.
Leia Também:
Nota comemorativa também entra no processo
A retirada gradual inclui ainda a cédula comemorativa de R$ 10, lançada em 2000 em alusão aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Apesar de ter circulação mais limitada, essa nota também passa a ser recolhida quando chega às instituições financeiras, seguindo o mesmo padrão das demais cédulas antigas.
O que esperar daqui para frente
A substituição ocorre de forma contínua e acompanha o retorno natural das notas ao sistema bancário. A tendência é que o público veja cada vez menos cédulas da primeira família do Real em circulação e mais dinheiro em melhor estado no dia a dia.
O recado do Banco Central é claro: o dinheiro antigo não perde valor nem validade, mas perde espaço na circulação comum, sem a necessidade de corridas aos bancos ou trocas imediatas por parte da população.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes




