OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Bolsonaro pode passar por nova cirurgia 'extensa' nas próximas horas
Médico da equipe explicou complexidade da nova cirurgia
Por Redação

Com a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais, uma nova cirurgia deve ser realizada no político do PL, após avaliação médica. As queixas são resultado de um quadro de obstrução intestinal decorrente da facada sofrida quando ainda era candidato à Presidência, em 2018.
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Após Bolsonaro ter sido transferido para o DF Star, em Brasília, neste sábado, 12, o médico da equipe, Leandro Echenique, explicou ao GLOBO que a operação pode ser feita neste domingo, 13, para desobstruir o intestino. Resultados de exames são esperados para bater o martelo sobre a intervenção.
"É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças (intestinais). Vai tirar a tela que ele tem, recolocar, então vai ser feita (a desobstrução). Então é uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado, desde 2018, quando ocorreu a facada* explicou.
Ao todo, o ex-mandatário já foi submetido a pelo menos seis operações desde o ferimento à faca. Além disso, precisou ser internado em ao menos 13 ocasiões.
A obstrução intestinal, causa da atual internação, ocorre quando há bloqueio do intestino, parcial ou completo, o que impede o funcionamento normal do sistema digestivo ou a passagem das fezes. O ex-presidente também foi hospitalizado devido ao problema em maio do ano passado, em 2023 e em 2021. Em 2023, chegou a ser operado para resolver a obstrução.
De acordo com informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a obstrução intestinal pode ter diferentes causas. As mais comuns são aderências (faixas de tecido fibroso feitas por cicatrizes), tumores e hérnias. Casos como o de Bolsonaro, de pacientes que foram submetidos previamente a operações abdominais, são comuns devido às cicatrizes.
Quando a obstrução é parcial ou incompleta do intestino, o diagnóstico é chamado de suboclusão intestinal. Nesses casos, o tratamento geralmente não envolve a cirurgia e é realizado por meio da administração de líquidos por via intravenosa ou por uma sonda inserida na cavidade nasal que vai até o intestino.
O paciente é mantido ainda em jejum até que o problema seja completamente resolvido. O objetivo é aliviar a pressão no intestino para que a obstrução seja desfeita. O tratamento precisa ser feito em âmbito hospitalar, por isso a necessidade de internação.
Em quadros mais graves de obstrução completa, existe a indicação da cirurgia para liberar manualmente o trânsito do intestino. A operação também pode ser recomendada quando o tratamento mais conservador não dá resultado em cerca de 48 horas, explica o cirurgião do aparelho digestivo Juliano Barra, do Hospital Sírio-Libanês.
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