BRASIL
Brasileiros enfrentam aumento recorde de deportações dos EUA em 2025
Mais de 2.200 brasileiros foram retirados dos Estados Unidos

Por Luan Julião

O ano de 2025 registrou um recorde histórico de deportações de brasileiros vindos dos Estados Unidos, segundo dados da Polícia Federal. Até o início de outubro, 2.268 cidadãos brasileiros foram retirados do território norte-americano, superando todas as marcas anteriores desde o início da série histórica em 2020.
O recorde mais recente ocorreu na quarta-feira, 1º, com a chegada de 110 passageiros ao Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao longo deste ano, 24 voos coletivos foram realizados, sendo um ainda durante o governo de Joe Biden e os demais 23 sob a administração de Donald Trump, que assumiu em 20 de janeiro. Comparado a 2024, o aumento é significativo: já são 37% mais deportações.
A previsão das autoridades é que até dezembro mais 12 voos de deportação cheguem ao Brasil, mantendo frequência semanal. O recorde anterior havia sido registrado em 2021, com 2.188 brasileiros retornando por decisão do governo norte-americano.
Por que Confins?
O Aeroporto de Confins foi escolhido por questões logísticas: além de comportar aeronaves de grande porte, o aeroporto facilita a distribuição dos deportados para suas cidades de origem, sobretudo para regiões com maior concentração de emigrantes, como Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.
Histórico e regras das deportações
Os voos coletivos de deportação dos EUA para o Brasil começaram em outubro de 2019, durante o primeiro mandato de Donald Trump. Desde então, o governo brasileiro autorizou o retorno dessas aeronaves, prática que não ocorria desde 2006.
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Estrangeiros podem ser deportados por entrada irregular no país, descumprimento das leis de imigração, envolvimento em atividades criminais ou situações que representem ameaça à segurança pública. O processo geralmente inicia com prisão e é conduzido pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).
Segundo o jornal The New York Times, a administração Trump ampliou os poderes de deportação, permitindo que até indivíduos que haviam obtido proteção por programas de asilo durante o governo Biden fossem rapidamente removidos dos Estados Unidos.
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