METANOL
Com alerta de metanol, venda de bebidas alcoólicas despenca
Pesquisa mostra retração de quase 20% nas vendas de bebidas alcoólicas na 39ª semana do ano

Por Redação

Com as recentes preocupações sobre intoxicação por metanol, as vendas de bebidas alcoólicas em São Paulo registraram queda significativa na 39ª semana de 2025, segundo levantamento da consultoria Varejo 360. Até sábado, 4, o Ministério da Saúde contabilizou 195 notificações, das quais 13 resultaram em óbitos.
Os dados apontam uma retração de 19,7% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2024. O impacto mais significativo ocorreu nas bebidas destiladas, associadas à maior parte das intoxicações, que tiveram queda de 21,3%. A cerveja registrou recuo de 20,1%, enquanto aguardente caiu 10,5% e vinhos e espumantes recuaram 9,6%.
Entre os destilados de maior risco de contaminação, vodca e gin apresentaram retrações de 19,3% e 1,9%, respectivamente. O único produto que registrou aumento foi o whisky, com crescimento discreto de 0,5%.
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Percentual de vendas na 39ª semana de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado:
- Cerveja: – 20,1%
- Destiladas: – 21,3%
- Vinho e espumantes: – 9,6%
- Whisky: + 0,5%
- Vodca: – 19,3%
- Gin: – 1,9%
- Aguardente: – 10,5%
São Paulo concentra os casos de intoxicação
O estado é o epicentro da crise de metanol no país, com 162 casos registrados em 27 cidades, sendo 14 confirmados e 148 em investigação. Sete mortes estão sob análise pelas autoridades.
A capital paulista concentra o cenário mais crítico, com 75 casos em investigação e 11 confirmados. Até sábado, a Prefeitura confirmou duas mortes na cidade: Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que faleceu em 2 de outubro após ser internado no Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, e o empresário Ricardo Lopes Mira, morto em 15 de setembro, após apresentar sintomas e ser atendido na rede privada.
A Secretaria Municipal de Saúde lamentou as duas mortes, reforçando a necessidade de cautela no consumo de bebidas alcoólicas, especialmente vodca, gin e whisky, apontadas como mais vulneráveis à contaminação por metanol.
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