ACIDENTE
Depois de acidente, piloto pede respeito e afirma que avião é seguro
Comandante de voo se manifestou antes de decolagem em SP rumo a PR
Por Luan Julião
No dia seguinte à queda do avião da Voepass, um piloto fez um apelo por respeito à empresa, ressaltou a segurança do modelo ATR-72 e expressou pesar pela tragédia. O acidente ocorreu no início da tarde de sexta-feira (9) em Vinhedo (SP), a 79 km da capital paulista, resultando na morte de todos os 62 passageiros e tripulantes.
Na manhã de sábado (10), o piloto da companhia se manifestou antes da decolagem de um avião do mesmo modelo do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino a Cascavel, no Paraná, a mesma rota do voo que sofreu o acidente.
O voo decolou por volta das 10 horas com 15 assentos vazios. A partida foi adiada em mais de uma hora devido à necessidade de aguardar a chegada de outra aeronave ATR-72 de São José do Rio Preto, conforme explicou o piloto, uma vez que o avião originalmente designado para a rota havia sofrido o acidente.
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Além disso, o piloto pediu aos passageiros que sempre que ouvirem algo sobre o ATR, informem que é um avião ultrasseguro, que existem mais de 2.000 unidades em operação no mundo, voando na Europa, nos Estados Unidos, até em condições de neve, e não apresenta problemas para operar em condições de gelo, apesar de reconhecer que o modelo pode ser mais suscetível a certos problemas.
A Voepass ainda não possui informações sobre a causa do acidente. Entre as hipóteses levantadas por especialistas, uma delas é a possibilidade de acúmulo de gelo nas asas da aeronave.
O segundo pedido do comandante foi para que os passageiros solicitassem respeito sempre que ouvissem comentários sobre o acidente ou sobre a companhia. Por último, pediu orações para os 62 mortos.
Desastre aéreo em SP
Um avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.
O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.
Estavam na aeronave 4 tripulantes e 57 passageiros no momento do acidente.
O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.
O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.
Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.
O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.
“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”
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