BRASIL
Evangélico e comunista: quem é Ismael Lopes, pastor agredido na vigília de Bolsonaro
Pastor roubou a cena durante ato de orações

Por Gabriela Araújo

Um personagem improvável roubou a cena durante a vigília, organizada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para pedir a liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso no sábado, 22, em Brasília.
Trata-se do evangélico Ismael Lopes, de 34 anos, da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, que se mostrou opositor ao liberal. Na ocasião, ele responsabilizou o ex-presidente pelas milhares de mortes registradas durante a pandemia da Covid-19.
“Nós temos orado por justiça nesse país, nós temos orado para que aqueles que abrem covas caiam nelas não mortos, porque não é isso que a gente deseja”, disse, durante o ato, causando revolta nos bolsonaristas.
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Até então, uma figura desconhecida, Ismael Lopes acumula 68,1 mil seguidores em seu perfil oficial do Instagram. O movimento evangélico o qual ele faz parte vem abrindo diálogos com o governo Lula (PT).
A Frente Evangélica pelo Estado de Direito também já participou de encontros com a primeira-dama, Janja da Silva.
Apesar de ser uma figura ativa no evangelismo, irmão Isma, como é chamado, tem diversas publicações que reforça o seu posicionamento político nas redes sociais.
Em um dos posts, há um símbolo comunista do martelo e foice, com a seguinte frase: “Amor ao próximo só é possível com ódio de classe”.
Vigília para Bolsonaro termina em confusão
Ismael Lopes usou o microfone durante a manifestação para “falar verdades”, segundo ele. Após as acusações contra o ex-presidente, pessoas que estavam próximas retiraram o microfone dele à força.
O pastor saiu correndo e foi agredido com socos e pontapés até conseguir uma proteção policial. A Polícia Militar interveio utilizando spray de pimenta.
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