BRASIL
Pastor agredido em vigília de apoio a Bolsonaro fez exame no IML
Coordenador da Frente de Evangélicos criticou o ex-presidente e pediu sua condenação

Por Victoria Isabel

O pastor Ismael Lopes, da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, que foi agredido durante uma vigília em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nas redes sociais que realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Ele declarou estar bem, “na medida do possível”, e disse que sofreu apenas ferimentos leves.
Lopes foi agredido após discursar pedindo para que Bolsonaro fosse condenado por ações durante a pandemia de Covid-19.
"Nós temos orado por justiça nesse país, nós temos orado para que aqueles que abrem covas caiam nelas não mortos, porque não é isso que a gente deseja, a gente deseja que sejam julgados e condenados pelo mal que fizeram, como seu pai que abriu 700 mil covas durante a pandemia seja julgado pelo devido processo legal, tenha seu direito de defesa, mas que seja condenado e responda pelos crimes que cometeu, assim como todos os aliados que fizeram essa horda de mal contra o nosso estado", disse, direcionando a fala ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que convocou a vigília.
Após o discurso, apoiadores empurram Ismael e o derrubam no chão. Depois do ocorrido, ele deu uma declaração à imprensa: "Eu vim para cá em uma iniciativa de tentar fazer uma fala baseada na palavra de Deus para acabar com essa instrumentalização da fé cristã que eles fazem", diz.
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"Dizendo, em nome de Deus, defendendo gente que atentou contra a nação, que atentou contra o estado democrático de direito", acrescentou.
Vigília
A vigília foi citada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como um dos motivos para a prisão preventiva de Bolsonaro.
O encontro para rezar pelo ex-presidente havia sido convocado pelas redes sociais. Na madrugada antes do encontro, foi detectada a violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro.
Diante disso, Moraes identificou um eventual risco de tentativa de fuga e solicitou a prisão preventiva. A vigília se manteve e apoiares foram ao local combinado.
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