POLÍTICA
Olho gordo? Aliados revelam real motivo para prisão de Bolsonaro
Ex-presidente foi preso após decisão do ministro Alexandre de Moraes

Por Yuri Abreu

Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiram explorar a retórica de "perseguição religiosa" para criticar a prisão preventiva do ex-presidente.
Além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou que "oração não é crime", outros senadores e deputados ligados ao liberal afirmaram que Bolsonaro foi preso por causa de uma "oração".
No sábado, 22, ao se pronunciar pela primeira vez após a detenção do pai, Flávio argumentou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, "criminaliza o livre exercício da crença".
Em discurso transmitido ao vivo, o senador ainda pediu para que pastores e padres falassem sobre o caso durante os cultos e missas em suas igrejas hoje. O "filho 01" do ex-presidente aproveitou para anunciar que a vigília estava mantida.
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E a tornozeleira?
Sobre a tornozeleira eletrônica e tentativa de violação do equipamento — que precisou ser trocado na madrugada de ontem —, bolsonaristas preferiram minimizar o ato, afirmando que o ex-presidente tomou a medida quando estava "em surto".
Sobre o assunto, Flávio afirmou que Jair Bolsonaro pode ter sentido vergonha dos familiares. Segundo o UOL, o ex-presidente recebeu seus irmãos que moram em São Paulo. "Acho que pode ter sido algum ato de desespero", afirmou. "Ele se indignou e tentou mexer, mas isso não foi decisivo para prisão dele."
Mesma retórica
A acusação de "perseguição religiosa" já havia sido usada em outras ocasiões envolvendo Bolsonaro.
Durante ato do 7 de Setembro este ano, na avenida Paulista, em São Paulo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse que estava proibida de fazer culto em casa, já que Moraes não havia permitido.
"Libera os meus irmãos para estarem comigo nesse momento", disse a ex-primeira-dama. O ministro do STF, no entanto, não havia proibido a realização do grupo de oração.
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