BRASIL
Governo bloqueia 60 mil usuários de plataforma de vigilância
Sistema integra dados de segurança e tem acesso a milhares de câmeras de segurança do Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública bloqueou ao longo de 2025, o acesso de aproximadamente 60 mil usuários ao Córtex, plataforma considerada um dos pilares da inteligência policial no Brasil.
De acordo com a pasta, a maioria dos perfis desativados estavam inativos há mais de 90 dias.
Atualmente, aproximadamente 38 mil cadastros seguem habilitados para acessar conforme informações repassadas pelo ministério por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
Entenda a plataforma
A plataforma permite consultas a bases de dados sobre pessoas, veículos e registros integrados a câmeras de segurança, além de alimentar programas locais de monitoramento.
Entre essas iniciativas está o Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, que utiliza dados do Córtex em conjunto com outras bases para operar sua central de monitoramento urbano.
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Motivo do bloqueio
O bloqueio às plataformas de câmeras do país depois de investigações em conjunto com a Polícia Federal (PF) apontam possíveis irregularidades no uso do sistema.
Um dos casos sob apuração envolve o uso de cerca de 70 milhões de CPFs para a realização de mais de 213 milhões de consultas a partir de contas vinculadas ao governo do Rio de Janeiro.
Documentos internos do Ministério da Justiça reconhecem falhas no funcionamento e na governança do Córtex e apontam que a plataforma federal deverá ser substituída a partir do próximo ano.
Governo bloqueou acessos à plataforma de câmeras do país e planeja criar novo sistema
O plano desse cancelamento envolve criar uma nova plataforma integridade segurança pública baseada em arquitetura de big data, capaz de processar grandes volumes de informação e gerar insumos estratégicos para ações de inteligência, fiscalização e auditoria.
O projeto atualmente é chamado como “PIN” ou “Data Lake” e deve receber investimentos de aproximadamente R$ 31,5 milhões, com repasses previstos até 2027.
Em nota, o Ministério da Justiça afirma que o Córtex, sistema em que o governo bloqueou acessos à plataforma de câmeras do país “não é um sistema de vigilância” e que não acessa câmeras em tempo real, não processa imagens, não realiza reconhecimento facial nem utiliza inteligência artificial.
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