SAÚDE
Governo cria gabinete de crise para monitorar casos de intoxicação por metanol
O grupo reunirá diversos representantes de órgãos federais, estaduais e municipais

Por Leilane Teixeira

O Ministério da Saúde anunciou criação de um gabinete de crise para acompanhar os casos de intoxicação por metanol, registrados em diferentes regiões do país. A medida foi adotada após o aumento das ocorrências, que já ultrapassam a capital e a região metropolitana de São Paulo.
O grupo reunirá diversos representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, com o objetivo de garantir resposta rápida e integrada. Entre os órgãos, estão:
- Ministério da Justiça e Segurança Pública;
- Ministério da Agricultura e Pecuária;
- Anvisa;
- conselhos de saúde e secretarias locais.
Caráter emergencial
A participação do Ministério da Justiça está ligada à investigação sobre falsificação de bebidas alcoólicas, considerada crime. A sala funcionará em caráter emergencial enquanto houver risco sanitário e necessidade de monitoramento nacional.
Na última quarta-feira (1º), o ministério orientou estados e municípios a notificarem imediatamente casos suspeitos e repassou protocolos de tratamento emergencial.
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MPF investiga adulteração
O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação preliminar para apurar as circunstâncias do surto. Até o momento, são 11 casos confirmados e 48 suspeitos em São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal.
O procedimento será conduzido pela Procuradoria da República no DF, com apoio do comitê da Procuradoria-Geral da República (PGR) voltado à ordem econômica e defesa do consumidor. Procuradores e subprocuradores se reuniram nesta quinta-feira (2) para discutir medidas, e a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) também deve debater o tema nesta sexta (3).
O órgão pretende definir estratégias para combater a adulteração de bebidas no país, o que pode incluir ofícios a autoridades estaduais e nacionais ou até ações judiciais.
Mortes em apuração
Até o momento, há uma morte confirmada em São Paulo e sete óbitos em investigação:
- dois em Pernambuco (João Alfredo e Lajedo);
- três na capital paulista;
- dois em São Bernardo do Campo (SP).
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