ONDA DE TERROR
Grupo criminoso sequestra e tortura gays após encontros no Grindr
Os infiltrados no aplicativo foram alvos de mandados de prisão nesta terça, 17, no Distrito Federal
Por Redação

Um grupo criminoso, infiltrado no aplicativo Grindr - plataforma de relacionamento voltado à comunidade LGBTQIA+, foi preso suspeito de atrair, sequestrar, extorquir e, por vezes, agredir gays no Distrito Federal após marcar encontro através do aplicativo.
Na manhã desta terça-feira, 17, policiais civis da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) cumpriram 28 ordens judiciais, sendo oito de prisão temporária e 20 de busca e apreensão em endereços ligados aos membros da quadrilha.
As investigações começaram após a polícia identificar e receber uma onda de denúncias. Entre o final de novembro de 2024 e junho deste ano, a organização criminosa fez mais de 30 vítimas, faturou quase R$ 100 mil e alastrou violência física e psicológica.
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Os criminosos usavam perfis falsos no app para não levantar suspeitas. Pela plataforma, trocavam mensagens com as vítimas em potencial e marcavam encontros.
Os pontos eram sempre próximo a uma praça das quadras 423 e 425 de Samambaia Norte, em uma área escura e sem estrutura de iluminação. Atraídos, os homens saíam de várias regiões do DF — Lago Sul, Cruzeiro, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas e Santa Maria.
Sessão de tortura
O grupo criminoso agia desferindo socos, seguido de coronhadas e até ameaças de morte. O pesadelo não tinha tempo para acabar. Uma das vítimas chegou a ser colocada de joelhos, encapuzada e só foi liberada seis horas depois, quando os suspeitos conseguiram efetuar um empréstimo e transferir mais de R$ 30 mil.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Miranda, da 26ª DP, explica que as vítimas não tinham qualquer chance de reação e eram forçadas a entregar tudo. “Eles roubavam o celular e faziam transferências de dinheiro, com acesso às senhas bancárias.”
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