BRASIL
Homem é internado por suspeita de raiva após alimentar sagui
Vigilância em Saúde investiga possíveis contatos e o local provável da infecção

Por Luan Julião

Um caso grave mobiliza as autoridades de saúde em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Um homem de 50 anos está internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) com suspeita de raiva humana, doença considerada de alto risco e que exige resposta imediata do sistema de vigilância em saúde.
A possível infecção teve origem em setembro, quando o paciente manteve contato direto com um sagui ao tentar alimentá-lo. Durante a interação, o animal silvestre o mordeu e, em seguida, fugiu, não sendo mais encontrado. Apesar de apresentar sinais locais como dor e inchaço, o homem não procurou assistência médica nem realizou o tratamento preventivo indicado para esse tipo de exposição.
Somente meses depois, em 10 de dezembro, surgiram os primeiros sinais clínicos mais graves. Entre os sintomas relatados estavam alterações neurológicas, como confusão mental e agitação, além de dificuldade respiratória, queda da oxigenação do sangue, medo intenso de correntes de ar e rebaixamento do nível de consciência.
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O paciente foi hospitalizado no dia 13, mas a evolução do quadro foi rápida. Em razão do comprometimento neurológico e da piora respiratória, ele precisou ser transferido para a UTI dois dias depois. Com o diagnóstico de insuficiência respiratória aguda e instabilidade clínica, a equipe médica optou pela intubação e pela utilização de ventilação mecânica invasiva.
Atualmente, o homem permanece sedado, com pressão arterial instável, sob acompanhamento contínuo de uma equipe multiprofissional. O estado de saúde é classificado como grave. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Saúde informou que setores da Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) iniciaram protocolos epidemiológicos para investigar o caso, mapear possíveis contatos e identificar o local mais provável da infecção.
O Ministério da Saúde acompanha a ocorrência, tratada como alerta de saúde pública, e o Governo Federal deve encaminhar medicamentos específicos para o atendimento do paciente. As autoridades reforçam a recomendação para que a população evite contato com animais silvestres e procure atendimento médico imediato diante de mordidas ou arranhões, independentemente da gravidade aparente da lesão.
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