Homofobia: jovem é espancado e morto e irmão gêmeo se pronuncia

O último contato de Otávio Nascimento de Andrade, de 21 anos, com seu irmão gêmeo, Augusto Andrade, foi na madrugada da última sexta-feira, 19, quando ele avisava para o irmão que havia saído para encontrar um amigo no Rio de Janeiro.

No entanto, o inesperado e fatídico aconteceu, Otávio foi encontrado morto com sinais de agressão no Elevado do Joá, zona sul do Rio de Janeiro, na manhã de terça-feira, 20. O irmão de Otávio está abalado com a forma violenta em que seu irmão foi morto.

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"Hoje em dia qualquer motivo é motivo. E, como no Brasil nós sabemos que tem muitos casos de homofobia, transfobia, temos essa suspeita. Parece que perdi uma parte de mim", desabafou Augusto ao Uol.

Nas redes sociais, principalmente no X, antigo Twitter, amigos e personalidades se mobilizaram e criaram uma campanha com pedido de justiça pelo jovem. '#justiçaporOtavioAndrade' está em alta na plataforma e chegou ao 1ª lugar.

Entenda o caso

A única pessoa que encontrou Otávio antes do crime, foi um amigo dele, que não teve a identidade divulgada. Ele teria dado uma carona para o amigo até um ponto de ônibus. De lá, Otávio ia pegar um ônibus para Muzema, mas a família achou estranha a demora e não conseguiu mais contato com o jovem.

“Só que aí nada dele chegar e fica aquela angústia e a gente mandando mensagem e não chegava a mensagem no celular dele, ligava e ia para a caixa postal”, disse o amigo. Amigos se mobilizaram e compartilharam fotos nas redes sociais na tentativa de localizar Otávio.

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Um dia depois de ter saído de casa, um motorista que passava na saída do túnel do Joá viu Otávio desacordado e com um machucado na cabeça. Por isso, chamou a ambulância.

A família foi procurada um dia depois pelo Hospital Miguel Couto quando a equipe médica identificou que o corpo era de Otávio. O amigo de Otávio também foi um dos primeiros a ser informado sobre a morte do jovem, que se dirigiu ao local. A tia do amigo de Otávio já estava no local, desesperada.

A causa da morte no óbito foi confirmada como traumatismo do crânio com hemorragia das meninges, em consequência de uma ação contundente. A família desconfia de crime de homofobia e registrou o caso na Delegacia da Barra da Tijuca. A Polícia Civil investiga o caso.