PAROU O BRASIL
Isabella Nardoni: morte pode ter reviravolta depois de 23 anos
Associação investiga nova particpação que pode mudar o rumo do caso

Por Redação

A morte de Isabella Nardoni, em março de 2008, pode ter uma reviravolta. Isso porque, a Associação do Orgulho LGBTQIAPN+ protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pedindo a investigação de Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha.
A entidade afirma que o avô da menina teria tido envolvimento direto no crime, que marcou o país pela brutalidade.
Segundo o documento, obtido pela coluna de Fábia Oliveira, da Metrópoles, uma policial penal relatou ter ouvido da madastra Anna Carolina Jatobá - também condenada pelo homicídio — que Antônio Nardoni teria auxiliado no assassinato.
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Suposta participação
O relato aponta que ele teria ajudado conscientemente os réus a criar um álibi e até participado de forma instigadora ou efetiva no momento em que a criança foi jogada pela janela, ainda com sinais vitais. Na época, porém, o pai de Alexandre não chegou a ser investigado.
A associação também destacou que a servidora responsável pelo relato teme sofrer represálias caso faça a denúncia formalmente. Por isso, solicita a instauração ou reabertura de inquérito policial, além de medidas de proteção para a agente.
O deputado suplente Agripino Magalhães Júnior, presidente da associação, defendeu a apuração e criticou a progressão de pena de Alexandre e Anna Carolina.
Relembre o crime
- Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março de 2008, aos 5 anos de idade
- Local: Edifício London, na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo.
- Isabella foi jogada do sexto andar do apartamento onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá.
- Versão da polícia: A criança teria sido agredida, asfixiada e depois atirada pela janela.
- Investigação: Marcas de sangue e sinais de arrombamento forjado apontaram para o casal.
- Julgamento: Em 2010, após grande repercussão nacional, Alexandre foi condenado a 31 anos e 1 mês de prisão, e Anna Carolina Jatobá a 26 anos e 8 meses, ambos por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).
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