BRASIL
Jovem barrado por não ser considerado pardo vence processo contra USP
Alison foi aprovado no Provão Paulista pelo sistema de cotas
Por Da Redação
A Justiça de São Paulo determinou que a USP (Universidade de São Paulo) matriculasse o estudante Alison dos Santos Rodrigues, de 18 anos, no curso de medicina, após ele ser barrado pela comissão de heteroidentificação, que rejeitou sua autodeclaração racial como pardo. Alison, aprovado no Provão Paulista pelo sistema de cotas, já havia recebido uma mensagem de boas-vindas e participado da recepção aos caloros.
Na ação contra a USP, Alison destacou a comoção gerada por sua aprovação em sua cidade natal, Cerqueira César, e afirmou que a decisão de barrá-lo foi ilegal, uma vez que sempre se reconheceu como pardo.
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“Não pode alguém que possua características típicas de negros ser julgado como sendo branco quando toda a sua família e características são de negritude. Desde o nascimento ele se compreende como pardo”, declarou à Justiça a advogada Giuliane Fittipald, que o representa.
A USP, por sua vez, defendeu a decisão da comissão, composta por docentes e membros da sociedade civil, afirmando que concluíram que Alison apresentava características fenotípicas que não se alinhavam com a identificação de uma pessoa negra.
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