BRASIL
Lei Seca proíbe álcool na madrugada e impõe multa de R$ 1.071,92
Medida visa diretamente reforçar a segurança e restaurar a ordem pública

Por Isabela Cardoso

Chapecó, o principal centro urbano do oeste de Santa Catarina, deu um passo ousado em 2023 ao implementar uma rigorosa Lei Municipal que restringe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas.
A medida visa diretamente reforçar a segurança e restaurar a ordem pública em horários considerados críticos. A proibição está em vigor diariamente, no período mais sensível da madrugada: das 2h às 7h.
Multas e restrições para o comércio
A nova legislação vem acompanhada de penalidades financeiras significativas, tanto para o consumidor quanto para os estabelecimentos comerciais:
Pessoa Física: Quem for flagrado desrespeitando a lei pagará multa de R$ 107,19.
Comércio: Estabelecimentos que violarem a regra sofrerão multas que chegam a R$ 1.071,92.
A medida impacta diretamente o modelo de negócio de locais especializados em venda de bebidas, como os conhecidos 'Disk Beer'. Tais lojas agora só podem operar com portas abertas até meia-noite. Entre 0h e 2h, a venda é permitida estritamente por meio de tele-entrega.
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A prefeitura de Chapecó demonstrou severidade na fiscalização. Para os estabelecimentos reincidentes, a lei prevê a cassação do alvará de funcionamento na terceira notificação, um sinal claro da intenção de garantir a conformidade.
Demanda social vs. Impacto econômico
As autoridades municipais argumentam que a lei atende a uma demanda da sociedade por maior tranquilidade e segurança nas ruas durante a madrugada.
A reação da população, no entanto, é polarizada:
Apoiadores: Parte dos moradores acolhe a iniciativa, esperando uma redução nos distúrbios e na violência urbana.
Empresários: Setores ligados ao entretenimento e à vida noturna veem a medida como excessivamente restritiva, preocupados com o impacto nas vendas e no faturamento.
Chapecó não está sozinha nesta regulamentação. A adoção da restrição de consumo de álcool em via pública já é uma prática observada em outras cidades brasileiras, como Montenegro, no Rio Grande do Sul, reforçando uma tendência de controle de horários em espaços públicos.
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