BRASIL
Líder religioso é preso no suspeito de abusar de fiéis em rituais
Investigado alegava incorporar entidade para manipular vítimas e praticar crimes sexuais

Por Isabela Cardoso

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu em flagrante, na manhã desta quarta-feira, 24, Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, sob a acusação de abusar sexualmente de frequentadoras de sua instituição religiosa no Guará.
Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I), o suspeito utilizava sua posição de liderança e a fé das vítimas para justificar os crimes como parte de supostos "rituais de purificação".
De acordo com os relatos, Rafael afirmava estar incorporando uma entidade espiritual chamada “Malunguinho” durante as cerimônias.
Sob esse pretexto, ele exigia que as mulheres retirassem as roupas, aplicava um pó sobre seus corpos e oferecia uma bebida de teor alcoólico desconhecido antes de iniciar os abusos.
Manipulação psicológica e progressão dos abusos
Os depoimentos colhidos pela PCDF indicam que os crimes ocorriam de forma gradual e progressiva. O investigado iniciava com toques indesejados e invasivos, evoluindo para abusos sexuais que geraram profundo sofrimento emocional, medo e constrangimento às vítimas.
Leia Também:
A polícia destaca que o autor se valia de manipulação psicológica e do respeito que detinha na comunidade religiosa para impedir que as mulheres reagissem ou denunciassem os fatos imediatamente.
Alerta: PCDF busca identificar outras vítimas
A imagem de Rafael Maia foi divulgada pela Polícia Civil com o intuito de encorajar outras possíveis vítimas a formalizarem denúncias. A delegada-chefe da Deam I, Adriana Romana, reforça que a coleta de novos elementos é fundamental para a responsabilização do investigado.
“Mulheres que tenham sofrido situações semelhantes são orientadas a procurar a Deam I, registrar ocorrência por meio da delegacia eletrônica ou comparecer à delegacia mais próxima”, orientou a delegada.
Após as formalidades legais, o suspeito foi encaminhado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde permanece à disposição da Justiça.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



