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DESDOBRAMENTO

PF prende policial delatado por empresário morto no aeroporto

O policial foi preso na operação “Dólar Tai-pan”, deflagrada pela Receita Federal e pela Polícia Federal

Por Redação

26/11/2024 - 20:29 h
Imagem ilustrativa da imagem PF prende policial delatado por empresário morto no aeroporto
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Foi preso nesta terça-feira, 26, o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, um dos agentes delatados pelo empresário Antonio Vinicius Gritzbach, que foi executado no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro.

O policial foi preso na operação “Dólar Tai-pan”, deflagrada pela Receita Federal e pela Polícia Federal.

Outro policial detido na operação foi o capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana, ex-integrante da Casa Militar e atualmente lotado no 13º Batalhão da PM. A PF não descreveu a participação dele no esquema.

Relembre depoimento do delator

Durante depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, uma semana antes de ser assassinado, Gritzbach revelou que Elia Júnior era sócio em uma instituição bancária junto com Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta — ambos ex-integrantes do PCC e já mortos.

Na versão de Gritzbach, a instituição foi utilizada para uma transação envolvendo altas cifras e que ele teria feito uma análise jurídica sobre essas supostas transações. O delator apontou que conhecia o policial apenas por fotos.

Leia também:

>> Envolvido em morte de delator do PCC é identificado e tem prisão decretada
>> Delator do PCC disse que policiais cobraram R$ 40 milhões para não investigá-lo
>> Confira pedidos feitos por delator do PCC antes de acordo com MP

Em uma busca nas redes sociais, a versão do delator se confirma, já que o policial se apresenta como CEO do 2 Go Bank. Procurada, a instituição ainda não respondeu o contato feito pela reportagem.

Outro policial detido na operação foi o capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana, ex-integrante da Casa Militar e atualmente lotado no 13º Batalhão da PM. A PF não descreveu a participação dele no esquema.

Esquema de lavagem bilionária

De acordo com a Polícia Federal, a investigação iniciada em 2022 desmantelou um esquema de sistema bancário paralelo, que utilizava criptomoedas para burlar fiscalizações e facilitar movimentações financeiras dentro e fora do Brasil.

A investigação revelou que o grupo constituiu uma cadeia completa para ocultar capitais, lavar, enviar ou receber dinheiro no exterior, “havendo indícios de envolvimento de grupos criminosos voltados ao tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho e outros crimes”

O esquema tinha alcance internacional, com transações realizadas em países como Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Bolívia, Hong Kong e China, principal destino do dinheiro.

Nos últimos cinco anos, o grupo teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões, sendo R$ 800 milhões somente em 2024, segundo a PF.

O que diz a SSP sobre a participação dos policiais no esquema criminoso

O policial civil citado encontra-se afastado de suas funções desde dezembro de 2022. O policial militar, por sua vez, foi integrado à Casa Militar em abril de 2012 e permaneceu na unidade até setembro deste ano, quando foi transferido para o 13º BPM/M. Neste período, a Casa Militar não foi notificada sobre nenhuma investigação ou apuração em desfavor do policial. As corregedorias das polícias Civil e Militar, que também apuram os fatos, acompanham os desdobramentos da operação deflagrada nesta terça-feira e estão à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações.

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Tags:

policial civil Policial preso Vinicius Gritzbach

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