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PMs suspeitos de agressão são soltos e advogado da vítima faz críticas

Advogado do soldado Danilo Martins diz que decisão "não levou em conta o risco à integridade de seu cliente"

Publicado quinta-feira, 02 de maio de 2024 às 17:52 h | Autor: Da Redação
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A defesa do soldado Danilo Martins Pereira, soldado que denunciou ter sofrido tortura por colegas de farda durante o curso de formação do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque), disse que a decisão judicial que soltou os 14 policiais militares acusados pelo crime, nesta quinta-feira, 2, não levou em conta o risco à integridade de seu cliente.

A liberdade dos PMs foi concedida após a associação Caserna protocolar um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Segundo a defesa, o magistrado afirma que “as fotografias, de fato, demonstram que a vítima foi submetida a extrema violência física, levando-a inclusive a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Brasília, em Águas Claras”.

Além disso, ele acrescenta ainda que “a violência empregada contra o soldado se deu para que este assinasse ficha de desistência do curso, previamente preparado, e embora tenha resistido inicialmente, acabou cedendo após a série prolongada de abusos físicos e psicológicos”.

>> Após ser agredido, PM desabafa: "Nunca mais coloco uma farda"

O grupo estava preso desde segunda-feira, 29, por suspeita de terem envolvimento com as agressões a um colega de farda durante o curso de formação do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) da corporação local. Pela manhã, os PMs deixaram o 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Complexo Penitenciário da Papuda, onde estavam detidos.

Saiba quem são os PMs que foram presos:

Marco Aurélio Teixeira, segundo-tenente

Gabriel Saraiva, segundo-tenente

Daniel Barboza, subtenente

Wagner Santos, primeiro-sargento

Fábio de Oliveira, segundo-tenente

Elder de Oliveira Arruda, segundo-sargento

Eduardo Ribeiro, segundo-sargento

Rafael Pereira Miranda, terceiro-sargento

Bruno Almeida, terceiro-sargento

Danilo Lopes, cabo

Rodrigo Dias, soldado

Matheus Barros, soldado

Diekson Peres, soldado

Reniery Santa Rosa, capitão

A Justiça, no entanto, impôs medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de acesso ao batalhão e de contato com qualquer dos investigados ou com a vítima.

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