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POLÍCIA

Policial que jogou rapaz de ponte esteve em ação que deixou um paraplégico

Thiago Alves Trindade de Souza negou que estivesse armado durante a ação

Por Redação

15/12/2024 - 18:25 h
Luan Felipe Alves Pereira, policial militar que jogou um rapaz da ponte em São Paulo
Luan Felipe Alves Pereira, policial militar que jogou um rapaz da ponte em São Paulo -

Luan Felipe Alves Pereira, policial militar que jogou um rapaz da ponte em São Paulo, já se envolveu em uma outra polêmica em 2019, quando baleou, dentro de uma casa na zona sul paulistana, um homem de 29 anos que havia fugido com uma moto roubada ao se deparar com a polícia.

Thiago Alves Trindade de Souza ficou paraplégico devido aos tiros e negou à Folha de São Paulo que estivesse armado no dia, como foi condenado logo depois por receptação, porte ilegal de arma e resistência à prisão.

A Justiça concordou com a versão policial: a de que o condutor da moto teria atirado contra os policiais em uma perseguição, que esse piloto seria Thiago e que o suspeito deixou cair um revólver ao ser baleado

"Eu estava rendido e o cara vem e atira em mim no chão. Ele fez a maior injustiça comigo e ainda forjou uma arma e fez eu ficar quatro anos na cadeira em uma cadeira de rodas. É um cara que não tem dó nenhuma do ser humano. Ele é pago para servir à população, não para fazer injustiça. Isso não é coisa de homem, não é coisa de um ser humano fazer", disse Thiago à Folha.

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A defesa de Luan Felipe refuta a acusação. "Eu fui policial, e nenhum ladrão que eu prendi falou que estava cometendo crime. Para mim é normal ele dizer isso, fica uma raiva. É uma tentativa de demonizar o Luan. Ele sempre foi um bom policial, faz ações sociais", disse à reportagem o advogado Raul Marcolino, que defende o PM junto com o advogado Wanderley Alves.

Na sentença, a juíza Fernanda Galizia Noriega rejeitou os argumentos de Thiago, que estava em condicional. "Verifica-se que os policiais não conheciam o réu antes dos fatos e não teriam motivos para incriminá-lo injustamente, não sendo crível a versão de que teriam ‘forjado’ a arma, versão essa fornecida pelo réu — pessoa que fugiu da abordagem policial e que estava na posse de uma motocicleta roubada."

Não houve perícia no local dos fatos e Thiago foi condenado por porte ilegal de armas com base na versão dos policiais. Ele reconheceu que andava com moto roubada e até então tinha três condenações por crimes diversos, mas sempre alegou que foi baleado quando estava rendido e desarmado.

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