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BRASIL

Praia brasileira corre risco de desaparecer em menos de 30 anos

Distrito já perdeu mais de 500 casas com o avanço do mar

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

24/09/2025 - 15:55 h
A situação da praia já expulsou pelo menos 2 mil moradores
A situação da praia já expulsou pelo menos 2 mil moradores -

A cada maré alta, o mar avança sobre ruas, casas e memórias em Atafona, distrito de São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro. Considerada uma das erosões costeiras mais graves do Brasil, a situação já destruiu mais de 500 imóveis, expulsou pelo menos 2 mil moradores e ameaça engolir toda a área urbana em poucas décadas.

O fenômeno começou a ser registrado nos anos 1950 e nunca mais parou. Em média, três metros de terra desaparecem por ano. Se nada for feito, parte expressiva da cidade pode sumir em menos de 30 anos.

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O cenário é de destruição: clubes que sediaram bailes da elite nos anos 1970 estão em ruínas e ruas inteiras terminam em barrancos. “Coloquei tapumes porque queria continuar aqui mais um tempo. Fico até o mar ocupar tudo de vez”, contou a moradora Sônia Ferreira.

Por que Atafona está desaparecendo?

Especialistas apontam que a erosão resulta de uma combinação de fatores:

  • Mudanças climáticas e aumento do nível do mar
  • Ressacas constantes
  • Barragens no Rio Paraíba do Sul, que reduziram o fluxo de sedimentos
  • Assoreamento da foz do rio
  • Desmatamento das margens
  • Ocupação desordenada da orla

Impactos sociais e culturais

A crise atinge também a pesca artesanal, base econômica da região. O assoreamento dificulta a saída de barcos e ameaça a sobrevivência de famílias que dependem do mar. Além disso, a identidade cultural da comunidade se desfaz: a praia, que já foi destino turístico nos anos 1970, hoje acumula ruínas e lembranças.

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Quais soluções estão em debate

Entre as propostas discutidas estão a construção de barreiras artificiais, aterros hidráulicos e a recuperação de manguezais. Mas os altos custos e as questões ambientais travam a execução.

“A causa é multifatorial. As soluções também terão que ser”, afirmou o professor Gilberto Pessanha Ribeiro, da Unifesp. A prefeita Carla Machado reforçou que o município não pode arcar sozinho com os investimentos.

Em agosto, uma nova ressaca interditou casas e obrigou famílias a aderirem ao aluguel social. A prefeitura anunciou que vai contratar estudos técnicos para conter o mar. Enquanto isso, entidades como a SOS Atafona buscam apoio junto ao governo federal. “Agora temos uma luz no fim do túnel”, disse Camila Hissa, representante da associação.

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Tags:

Atafona erosão costeira praia Rio de Janeiro

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