TRUMP
"Consequências mais graves do que o imaginado", diz secretário sobre tarifaço
Secretário da Justiça e Direitos Humanos discutiu o tema embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach
Por Redação

Um dos principais produtos que devem sofrer com o tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos a partir de 1º de agosto, o café é motivo de preocupação não só pelo impacto nos preços mas tamvbém na attividade produtiva.
Esse foi o tema do encontro entre o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e a embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach, realizado na segunda-feira, 28.
“As consequências podem ser mais graves do que o imaginado”, afirmou o titular da SJDH. no que a diplomata concordou. Para o secretário, o “tarifaço” americano pode prejudicar não só a competitividade do café brasileiro, mas produzir graves efeitos sociais e trabalhistas nas zonas rurais, onde trabalhadores já enfrentam riscos de precarização e, em muitos casos, de trabalho análogo à escravidão.
“Mesmo com a instabilidade que vemos nas ações do governo americano, na figura do presidente Trump, nós, da SJDH, estamos em observância e alinhados com as demais ações do Governo do Estado e do Governo Federal para conter os possíveis prejuízos. Não podemos permitir a precarização das condições de trabalho no setor agrícola diante deste cenário”, pontuou.
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A embaixadora endossou as críticas do secretário à medida dos EUA e destacou que a Alemanha acompanha de perto as repercussões do embate comercial.
"A comunidade alemã está em alerta e preocupada com os possíveis reflexos das tarifas americanas nas relações de trabalho da cadeia produtiva brasileira. Não queremos colaborar indiretamente com o trabalho escravo ao consumir produtos cultivados nessas condições”, declarou Bettina.
A Alemanha é, atualmente, o maior consumidor mundial do café brasileiro e tem buscado parcerias com produtores éticos e sustentáveis.
Vistos
Em suas redes sociais, o secretário Felipe Freitas já havia se pronunciado sobre o tema, destacando também o direito migratório no mundo, após o governo americano revogar os vistos de autoridades brasileiras.
“É um precedente perigoso, que limita a circulação de brasileiros em países amigos. O Brasil não pode se calar diante desta violação dos bons princípios do direito internacional e deste atentado aos direitos fundamentais de cidadãos brasileiros. A medida pode evoluir para perigosas restrições nas regras de migração e prejudicar não só as autoridades, mas também cidadãos comuns que queiram circular entre os países”, afirmou Freitas, que é especialista em Direito Constitucional e integra o Comitê Estadual Intersetorial de Migrações, Refúgio e Apatridia da Bahia.
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