FESTA POPULAR
Arany Santana destaca trabalho da Ouvidoria do Estado no carnaval
Titular da OGE diz que instituição assegura direitos e promove cidadania
Por Rafaela Souza
Primeira mulher negra a chefiar a Ouvidoria Geral do Estado (OGE), a ex-secretária de Cultura, Arany Santana, destacou a importância da instituição na garantia de direitos dos cidadãos no carnaval. Em entrevista ao Portal A TARDE, ela contou que a OGE está presente em todos circuitos da folia em todo o estado a fim de assegurar a cidadania para além do período momesco.
"No carnaval, onde tem cidadania tem que ter Ouvidoria. Então, é importante ter o cidadão dando a sua opinião, a sua sugestão. É um desafio, mas estamos vivendo um momento oportuno de processo de redemocratização, estamos precisando fortalecer o cidadão para que ele reclame seus direitos, ajude a construir e reconstruir a democracia desse país", pontuou ela.
Durante o carnaval, a Ouvidoria do Estado está promovendo um plantão especial para atender as demandas tanto de forma presencial na sede do Procon quanto no atendimento telefônico e virtual 24 horas. Para a ouvidora-geral, o atendimento também visa levar informação e orientação aos foliões nos circuitos da festa.
"A Ouvidoria está no circuito do carnaval, em todos os equipamentos que estão à frente do Carnaval da Bahia, nas viaturas, nos trios elétricos, nos postos de comunicação. Então, estamos com um plantão presencial pela primeira vez, é inédito, no Procon. Estamos com a nossa equipe de call center das 8h às 18h, desde sexta-feira, 17, até terça-feira, 21. E pelo WhatsApp com a inteligência virtual atendendo 24 horas. Então, onde tem folia tem cidadania. A Ouvidoria está no circuito do carnaval", explicou.
A titular da OGE, que esteve no camarote Expresso 2222 no domingo, 19, ainda falou sobre o desafio de ocupar o novo posto.
"Para mim, tem sido uma experiência muito nova, até porque existe uma distorção acerca da finalidade, do objetivo de uma ouvidoria. Eu sei que existem ouvidorias das empresas privadas e elas funcionam muito bem e a ouvidoria do Estado, a nossa, eu tenho um pouco mais de um mês lá, já foi referência nacional. Então, eu acho que é um momento oportuno. É um grande desafio, após seis anos na cultura, dirigir uma instituição que é responsável, inclusive, por acompanhar, monitorar e sugerir as políticas públicas desenvolvidas pelo governo. Estou tendo o privilégio, vou me esforçar, sou uma aprendiz de ouvidoria, não sou advogada, mas entendo que o cidadão tem direitos. E, assim sendo, a missão dessa ouvidoria nesse momento é realmente estabelecer e fortalecer esse elo entre o cidadão e o Governo do Estado da Bahia no sentido de acompanhar, monitorar e até mesmo elogiar o que está dando certo", afirmou.
Além de prestigiar o quarto dia de carnaval no camarote, a ouvidora-geral celebrou a retomada da folia após as restrições da pandemia e falou da sua relação com a folia. Ela, que é diretora-fundadora do Ilê Aiyê, participou da saída do bloco afro no último sábado, 18.
"A Cultura sempre esteve presente na minha vida, independentemente de qualquer coisa, em frente a uma pasta ou não. Eu sou do interior da Bahia, participei muito dos carnavais do interior, meu pai era músico e tocava na Filarmônica, nos carnavais. Vindo para cá, eu sou diretora-fundadora do Ilê Ayiê. Então, desde 1964, na época da Ditadura Militar, nós colocamos o bloco na rua cantando África e as questões raciais, exaltando a mulher negra. Eu já venho nessa pegada de cultura há muito tempo. No sábado, eu fui a Ilê Ayiê apenas, não fui ouvidora, ex-secretária. Vesti minha fantasia, recepcionei o nosso governador, subi o Curuzu celebrando o centenário de Mãe Hilda, aquela que é guardiã da fé e da tradição africana e também fundadora do Ilê Aiyê", declarou.
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