CONSCIENTIZAÇÃO
Foliã protesta contra músicas “de baixaria” no Carnaval: “Agressão”
Ioni Santana disse se sentir agredida como mulher; lei sobre o assunto foi sancionada em 2012
Por Lucas Franco
Mais de dez anos após a sanção da Lei Estadual 12.573/2012, também conhecida como Lei Antibaixaria, algumas músicas tocadas em eventos públicos seguem gerando descontentamento em quem faz associação entre o conteúdo das letras e a violência contra a mulher.
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Uma delas é a trabalhadora doméstica Ioni Santana, moradora de Salvador, que escolheu o Circuito Osmar do Carnaval para reivindicar, através da sua fantasia, uma reflexão a outros foliões, na tarde desta sexta-feira, 17.
“Apesar de ser uma festa em que todo mundo pode expressar suas opiniões e suas fantasias, não se pode agredir o próximo. As músicas de baixaria não devem ser escutadas nem no Carnaval, nem depois, porque acaba sendo uma agressão às mulheres. É uma letra que nos agride enquanto mulher”, afirma Ioni ao Portal A TARDE.
Lei antibaixaria
De autoria da então deputada Luiza Maia (PT), a Lei Antibaixaria não atingiu seus objetivos, segundo Ioni.
“Não foi suficiente para punir [quem faz] as letras e os meios de comunicação que as tocam o tempo todo. Quando tocam na rádio eu sempre mudo”, afirma a foliã, que disse preferir as Rádios A TARDE FM (103.9) (lembrar do negrito em A TARDE FM) e Educadora FM.
A Lei, que recebeu na época da aprovação na Alba o apoio da atual ministra da Cultura, Margareth Menezes, consistia em vetar verba do Governo do Estado em bandas que tocassem músicas com apologia a drogas ilícitas ou que incentivassem racismo, machismo e homofobia.
Ficou previsto multa de R$ 10 mil ao contratante que não incluísse cláusula restritiva com o tema no contrato e multa de 50% do cachê para a banda, caso não acatasse a cláusula restritiva.
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