SE LIGA NA DICA!
A série de mistério do Prime Video que dá para ver em poucas horas
Com apenas seis episódios, suspense psicológico aposta no desconforto e virou um dos títulos mais comentados da plataforma

Por Beatriz Santos

Uma minissérie curta, incômoda e impossível de maratonar aos poucos vem chamando a atenção dos assinantes do Prime Video. Maldade, que estreou em 14 de novembro, conquistou o público ao apostar na sensação constante de ameaça, tudo isso em apenas seis episódios, o suficiente para ser assistido em uma única tarde.
Desde o lançamento, a produção se destaca por entender exatamente onde está sua força: o desconforto. Em vez de funcionar como um quebra-cabeça tradicional de suspense, a série cria tensão ao acompanhar alguém cruzando limites que parecem perigosamente próximos da vida real. O ritmo é direto, implacável, e o protagonista desperta desconfiança desde a primeira aparição.
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Com uma narrativa precisa e sem excessos, Maldade evita manobras espetaculares. Cada cena é construída com cuidado, reforçando a ideia de que o perigo não surge de grandes gestos, mas de atitudes sutis, quase banais. É justamente essa proximidade com o cotidiano que torna a experiência tão perturbadora.
Essa abordagem explica por que a série rapidamente se tornou uma das mais assistidas do catálogo. Sem depender de choques fáceis, ela prende pela observação paciente de comportamentos e pela sensação de que algo está errado muito antes de os personagens perceberem.
Qual é o enredo de Maldade?
A história acompanha Adam, um tutor extremamente carismático, educado e aparentemente empático. Ele é o tipo de pessoa que entra em uma casa sem levantar suspeitas. Durante férias na Grécia, Adam se aproxima da rica família Tanner, acostumada a resolver problemas apenas quando eles já se tornaram inevitáveis.
Quando a babá da família fica gravemente doente, Adam se oferece para ajudar. O gesto parece generoso mas marca o início de algo inquietante. Não se trata apenas de querer estar ali, é a necessidade de ocupar aquele espaço que acende o primeiro sinal de alerta.
A partir daí, a série se transforma em um estudo meticuloso de comportamento predatório. Adam observa, adapta o discurso e identifica fragilidades emocionais, tornando-se indispensável pouco a pouco. O terror não vem de cenas chocantes, mas da forma como cada passo é calculado.
No elenco, Jack Whitehall surpreende ao assumir um papel distante de sua imagem habitual, transitando com facilidade entre o útil e o ameaçador. David Duchovny e Carice van Houten completam o núcleo central, representando personagens que demoram a perceber o perigo à sua volta.
A direção de Mike Barker e Leonora Lonsdale segue a mesma lógica do roteiro: nada de excessos visuais ou dramatizações gratuitas. Os cenários claros e cotidianos reforçam a ideia de que a ameaça se infiltra justamente por parecer normal.
Talvez seja esse realismo incômodo que explique o sucesso de Maldade. A série prova que, às vezes, o suspense mais eficaz não é o que grita, mas o que sussurra, e continua em sua cabeça mesmo depois do último episódio.
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