SE LIGA NA DICA!
Pouca gente conhece, mas este é um dos melhores filmes da Netflix
Inspirado em uma história real improvável, longa mistura humor, crime e muita emoção

Por Beatriz Santos

Disponível no catálogo da Netflix, A Mula é um daqueles títulos que passam quase despercebidos, mas surpreendem quem decide assistir.
Lançado nos cinemas em 2019, o filme é frequentemente apontado como uma verdadeira joia escondida e figura entre os trabalhos mais bem avaliados da fase recente de Clint Eastwood, com 70% de aprovação da críticano Rotten Tomatoes.
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Na história, Eastwood interpreta Earl Stone, um floricultor de 90 anos falido e afastado da família. Sem alternativas, ele aceita um trabalho aparentemente simples: dirigir longas distâncias para um cartel mexicano.
Sem perceber de imediato, Earl acaba se tornando uma “mula”, transportando drogas ao usar sua imagem inofensiva para despistar a polícia.
Com o dinheiro obtido, o personagem tenta corrigir erros do passado e se reaproximar da família, enquanto passa a ser caçado por um agente da DEA interpretado por Bradley Cooper, além de enfrentar a desconfiança dos próprios criminosos.
A narrativa se constrói como um road-movie sensível, que alterna momentos de humor com passagens emocionais e reflexões sobre envelhecimento e escolhas tardias.
Uma história real pouco conhecida
O que torna A Mula ainda mais curioso é o fato de ser inspirado em uma história real improvável. O filme se baseia na trajetória de Leo Sharp, veterano da Segunda Guerra Mundial que se tornou, já idoso, um dos transportadores de drogas mais velhos e prolíficos ligados ao Cartel de Sinaloa.
“A melhor mula na história do Cartel de Sinaloa era aquele de quem menos se esperava: um senhor de 90 anos que viajava a trabalho”, declara o roteirista Nick Schenk. “Eles o adoravam. Eles o recebiam como um rei e o deixavam fazer o que quisesse”.
Clint Eastwood diante e atrás das câmeras
Além de protagonizar o longa, Eastwood também assina a direção e comentou sobre a identificação com o personagem e com o tema central do filme.
“Eu li o artigo do New York Times que fala sobre o verdadeiro cara que inspirou o personagem de Earl, e pensei que seria divertido interpretar alguém daquela idade... quer dizer, da minha idade, na verdade”, ri Clint Eastwood. “Gosto de pensar que estou sempre observando, aprendendo, e Earl também é assim. Quanto mais se envelhece, mais se percebe que não se sabe nada. Então, continua-se a avançar”.
Entre risos, emoção e reflexões sobre o tempo, A Mula se consolida como um dos trabalhos mais humanos e tocantes da carreira recente de Clint Eastwood, e uma joia que merece ser redescoberta no catálogo da Netflix.
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