Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > ACB EM FOCO
COLUNA

ACB em Foco

Por Paulo Cavalcanti*

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 19 de março de 2025 às 3:00 h • Atualizada em 19/03/2025 às 17:37 | Autor:

A força transformadora da união estratégica da classe empresarial

Confira a coluna ACB em Foco

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Alfredo Cotait (presidente da CACB) e Paulo Cavalcanti (presidente da ACB)
Alfredo Cotait (presidente da CACB) e Paulo Cavalcanti (presidente da ACB) -

No dia 31 de março, representantes das principais associações comerciais e empresariais do país estarão reunidos na Associação Comercial da Bahia (ACB), para o primeiro Encontro Nacional de Integração do Associativismo, promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Dentre os importantes temas do evento, teremos uma oportunidade única para debater grandes pautas de nação – aquelas que realmente estruturam e fortalecem a classe produtiva e o país como um todo.

Vale destacar que, nas últimas décadas, assistimos ao crescimento no número de sindicatos, associações e federações setoriais, cada uma defendendo seus interesses específicos. O transporte, por exemplo, se fragmentou em sindicatos de transporte granel, de combustíveis, de grãos, de autônomos, de químicos e tantos outros. O mesmo aconteceu com o agronegócio, o comércio e a indústria, em um cenário de segmentação que criou uma cultura de priorização de pautas particulares.

Leia Também:

Hoje, empresários e entidades de classe sofrem exatamente por essa visão fragmentada. Cada setor luta isoladamente por suas demandas, esquecendo-se do poder que teríamos se agíssemos coletivamente. Ao invés de sermos um bloco coeso e estratégico, estamos dispersos, cada qual com suas próprias batalhas, enquanto o Estado, com sua estrutura ineficiente e burocrática, nos impõe desafios cada vez maiores.

Proponho um chamado à consciência cidadã coletiva: não basta ser ativista setorial, é preciso ser estrategista de nação. Precisamos unir as associações, federações e confederações para pensarmos em pautas estruturais que fortaleçam o ambiente de negócios, reduzam entraves burocráticos e tributários e criem bases sólidas para o crescimento sustentável.

Sabemos que o Estado não resolverá nossos problemas diante dos constantes aumentos na carga tributária, insegurança jurídica e instabilidade das políticas econômicas, reflexos de um modelo que sobrevive do sacrifício da classe produtiva. Enquanto estivermos dispersos, continuaremos vulneráveis às decisões de governos que muitas vezes desconhecem a realidade do setor produtivo.

Assim como fazemos o planejamento estratégico das nossas empresas, precisamos aplicar esse mesmo raciocínio ao ativismo empresarial. Quais são nossas metas comuns? Onde estão nossas forças e fraquezas? Quais são as oportunidades e ameaças? Sem esse diagnóstico e uma ação coordenada, continuaremos apenas reagindo a crises, em vez de liderarmos as mudanças estruturais que tanto precisamos.

A classe produtiva brasileira é gigantesca e tem um poder de influência inegável. O que nos falta não é força, mas estratégia e unidade. Chegou o momento de deixarmos de lado a mentalidade fragmentada e construirmos um movimento empresarial coeso, com voz única e poderosa.

A hora é agora! Que o encontro do próximo 31 de março, aqui na Bahia, onde, em 1811, foram lançadas as bases do associativismo empresarial brasileiro, seja o passo inicial para estarmos mais unidos, fortes e estratégicos. Assim, podemos transformar o Brasil.

*Presidente da Associação Comercial da Bahia

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco