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Caldeirão de Aço

Por Leandro Silva

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 07 de novembro de 2024 às 11:50 h • Atualizada em 07/11/2024 às 12:01 | Autor: Leandro Silva

Dos boxes para a reta final

Confira a coluna do jornalista Leandro Silva

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Bahia empilha oportunidades perdidas e é derrotado pelo São Paulo na Fonte Nova
Bahia empilha oportunidades perdidas e é derrotado pelo São Paulo na Fonte Nova -

Depois de um início de Brasileiro em alta velocidade para acumular pontos, o Tricolor foi reduzindo o ritmo. Quando o Bahia venceu Criciúma, pela 28ª rodada, no, já distante, dia 29 de setembro, e chegou aos 45 pontos, faltando dez rodadas, deu um alívio, mesmo que silencioso, e muito menos intenso do que em outras ocasiões, para grande parte dos tricolores, acostumados com árduas disputas pela permanência na Série A, já que essa é apontada como uma pontuação de segurança. A ideia era de que o Esquadrão tivesse tranquilidade para seguir acumulando pontos para alcançar o retorno à Libertadores. O problema é que a equipe parou.

De lá para cá, só mais um ponto ganho em quatro partidas. É como se o Esquadrão estivesse parado nos boxes, em uma corrida de Fórmula 1, vendo os competidores da frente se distanciando, enquanto os perseguidores seguem se aproximando perigosamente e a torcida anseia por ver o Tricolor novamente em movimento antes que seja ultrapassado. A queda de velocidade é mais antiga. Dividindo a campanha em duas partes iguais, foram 30 pontos na primeira e apenas 16 na segunda, desde a derrota para o Cuiabá em casa, na 17ª rodada.

Seguindo com a analogia automobilística, geralmente, o piloto fica parado nos boxes enquanto são feitas mudanças ou adições para que o desempenho melhore no restante da corrida. O Bahia, entretanto, passou boa parte dessa parada acreditando que conseguiria retomar a velocidade anterior mesmo utilizando praticamente as mesmas peças, ainda que algumas delas denunciem aparente desgaste.

O chefe da equipe, Rogério Ceni, até promoveu algumas mudanças contra o São Paulo, com dois novos nomes e um novo posicionamento para Cauly. Uma das alterações, entretanto, foi forçada, já que Thaciano estava suspenso. De resto, tirou Everaldo, promovendo as entradas de Ademir e Lucho.

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A impressão é de que a mudança poderia ser mais ousada. Acevedo já vem fazendo por merecer retomar a titularidade interrompida após lesão na mágica e salvadora goleada contra o Atlético no Brasileiro passado, enquanto Biel segue fazendo falta. Sou defensor de Jean Lucas e Cauly, mas o momento não é favorável.

A melhor apresentação recente de Jean Lucas foi no empate contra o Cruzeiro, quando atuou mais centralizado e recuado que de costume, na função de Caio Alexandre. Já funcionou, mas hoje, muito aberto na esquerda, o camisa 6 parece pouco conectado com os jogos. Sigo acreditando em uma retomada também de Cauly, mas, por agora, parece mais adequado que sejam acionados durante as partidas.

Voltando ao assunto velocidade, apesar das tímidas mudanças, o Bahia começou bem diferente contra o São Paulo. Com um ritmo alucinante, principalmente pela boa participação de Ademir, o Esquadrão teve a chance de abrir grande vantagem no primeiro tempo, empilhando grandes oportunidades. Mas o combustível acabou, principalmente com o cansaço de Ademir. Como não conseguiu disparar, deixou o São Paulo na cola, esperando uma chance para ultrapassar. E ela foi proporcionada por um erro humano de Marcos Felipe, que presenteou Luiz Gustavo. A partir de então, foi uma agonia para a torcida tricolor. Mesmo que ainda tenha conseguido levar perigo em vários momentos, o que fica é o um irritante 3 a 0.

O Bahia precisa ousar mais para sair dos boxes em altíssima velocidade para as seis voltas finais. Não dá mais para ficar parado. Que o ponto de virada aconteça sábado, contra o Juventude, e que o Esquadrão recupere o ritmo de antes para voltar a encantar nessa reta final com destino à Libertadores.

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