Exemplo de evolução
Confira a coluna do jornalista Leandro Silva
Depois do importantíssimo triunfo de domingo, contra o Criciúma, o Bahia chegou a 45 pontos, superando, com dez rodadas restantes, os 44 pontos registrados em 2023. Sábado, contra o Flamengo, o Esquadrão segue buscando ratificar a evolução vista na atual temporada, em que briga pela Libertadores, além de tentar voltar a vencer o adversário depois de cinco anos, e dez derrotas, desde o mágico 3 a 0 de 2019.
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O adversário será o Flamengo, mas é outro clube carioca que tem servido de parâmetro para a evolução tricolor. Seja nos aspectos positivos ou nos negativos, desde 2021, o Bahia vem seguindo os passos dados pelo Botafogo no ano anterior.
Esse jogo da imitação começou de maneira negativa, já que o Tricolor repetiu, em 2021, o descenso do Botafogo de 2020. No ano seguinte, entretanto, os exemplos a serem seguidos passaram a ser exclusivamente positivos.
Com Daniel, Mugni, Jacaré e Davó como destaques, o Esquadrão conseguiu retornar à Série B, em 2022, assim como o alvinegro havia feito um ano antes. Ainda em 2022, enquanto o Bahia buscava o retorno à elite, o Botafogo surpreendeu com o início de uma nova realidade no futebol brasileiro: a era das SAFs.
Incorporado ao grupo Eagle, de John Textor, que já contava com outros times espalhados pelo planeta, como o inglês Crystal Palace, o Botafogo começou a fazer contratações que elevaram o nível do elenco. Tiquinho Soares, Júnior Santos, Victor Cuesta, Adryelson, Marçal, Tchê Tchê e Carlos Eduardo foram alguns dos exemplos.
Ainda assim, correu risco de rebaixamento em 2022, conseguindo se manter na Série A, com um 11º lugar. Em 2023, os dois clubes voltaram a estar na mesma divisão, algo que não acontecia desde 2020.
Assim como o Botafogo em 2022, o Bahia teve, em 2023, a primeira temporada como SAF, após a chegada do Grupo City. Também repetindo o alvinegro, o Tricolor lutou contra a queda, mas confirmou a permanência na elite em emocionante rodada final, com goleada sobre o Atlético.
Enquanto o Bahia brigava na parte de baixo da tabela, o Botafogo lutava pelo título, chegando a abrir boa vantagem na liderança. A queda de rendimento custou a perda do título, mas, ainda assim, apesar da bronca da torcida, colocou o clube, depois de sete anos, novamente na Libertadores.
Agora, em 2024, o Bahia também mudou o patamar da disputa no Brasileiro. Chegou a dividir a liderança e disputou a ponta durante boa parte do primeiro turno. Hoje, em sexto, o Esquadrão tenta retornar, depois de 36 anos de ausência, à Libertadores, competição em que não joga desde 1989.
Se não chegou a ser líder isolado em 2024, nem muito menos abrir vantagem confortável na liderança, como o Botafogo no ano anterior, o Bahia repetiu o alvinegro ao se fixar na parte alta da tabela. Falta repetir a vaga continental.
Se conseguirmos, podemos começar a sonhar em continuar a seguir os passos do Botafogo no próximo ano, já que o alvinegro é atualmente líder do Brasileiro e semifinalista da Libertadores.