Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > COLUNA DO TOSTÃO
COLUNA

Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 09 de novembro de 2024 às 7:00 h | Autor:

Cada jogo tem a sua história

Tostão é cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Jogadores do Botafogo comemoram gol sobre o Vasco
Jogadores do Botafogo comemoram gol sobre o Vasco -

Na coluna anterior, escrevi que no futebol moderno é necessário, ao mesmo tempo, correr e pensar. Evidentemente, é preciso saber o momento de correr para frente, de pressionar, de chegar ao gol e o de correr para trás, recuar e fechar os espaços na defesa. Assim é na vida. Tudo tem o seu tempo certo, de agir e de refletir, transpirar e de inspirar, acelerar e cadenciar.

O Botafogo, dos times brasileiros, é o melhor, o mais compacto, intenso, que sabe o momento de pressionar e de atacar e defender em bloco. Parece comas melhores equipes europeias. É o time brasileiro que, recentemente, fez as melhores contratações na relação custo e benefício. Será que John Textor, dono da SAF, entende muito de futebol ou ele possui uma excelente equipe de olheiros?

Leia mais:
>> Baiano Ednaldo Rodrigues pode ficar na presidência da CBF até 2034
>> CBF nega contato com Guardiola e reafirma Dorival na Seleção Brasileira
>> Presidente da Federação Peruana de Futebol é preso por suspeita de corrupção

O Botafogo é elogiado por atuar com quatro atacantes: Igor Jesus, Luís Henrique, Almada e Savarino. Não são quatro atacantes na prancheta. São quatro que estão sempre perto do gol. Quem ataca é atacante. O time que atua com quatro no ataque, distantes dos dois do meio campo, que estão longe dos quatro defensores, como vários times brasileiros e até a seleção, tendem a ser ineficientes.

Se não quiser ser eliminado nas quartas de finais da Copa de 2026, Dorival Junior deveria organizar o time taticamente para enfrentar fortes seleções. Ganhar do Chile e do Peru é fácil. Não há mais sentido analisar a estratégia de um time pelo desenho tático na prancheta, pois os jogadores não param de correr, ocupando várias posições e funções em campo.

Bruno Guimarães (em pé) pede falta em lance sobre Rodrygo, em jogo da Seleção Brasileira
Bruno Guimarães (em pé) pede falta em lance sobre Rodrygo, em jogo da Seleção Brasileira | Foto: Rafael Ribeiro | CBF

Na vitória do Flamengo por 1x0 contra o Cruzeiro, o time carioca avançava em bloco na maior parte do tempo para pressionar e recuperar a bola, enquanto o Cruzeiro priorizava o recuo para tentar fechar os espaços na defesa. O Cruzeiro não parece um time dirigido por Fernando Diniz, pois não tenta nem sair da defesa para o ataque trocando passes.

Filipe Luís, que inicia a carreira de treinador, já demonstra como disse o brilhante comentarista Mansur do Sportv, capacidade de mudar as estratégias durante as partidas de acordo com o momento e o adversário, uma grande dificuldade da maioria dos treinadores, acostumados a repetir o que foi planejado e ensaiado.

Filipe Luís segue o modelo de Artur Jorge, técnico do Botafogo, que dirige o segundo time da sua carreira, já que tinha sido técnico apenas do Braga de Portugal por duas temporadas. Os jovens, estudiosos, perfeccionistas são a esperança no futebol e em qualquer atividade, apesar da epidemia de idiotices que assola o mundo.

Hoje, Atlético-MG e Flamengo decidem o título da Copa do Brasil. Será que Filipe Luís,por ter a vantagem de dois gols, vai manter a maneira de jogar, pressionando em bloco para recuperar a bola ou vai recuar a marcação, atrair o Galo para contra-atacar? Será que o Atlético-MG, em casa, vai tentar sufocar o Flamengo desde o início, como quer o torcedor, mesmo correndo o risco de deixar muitos espaços na defesa?

Podemos prever e entender as estratégias dos treinadores, conhecer as características técnicas e físicas dos jogadores, mas não podemos antever os detalhes, as emoções e as decisões circunstanciais dos atletas. Cada jogo tem a sua história.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco