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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 13 de novembro de 2024 às 5:30 h | Autor:

O futebol pode dar saltos

Confira a coluna de Tostão: cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970

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Dorival Junior durante coletiva da Seleção Brasileira
Dorival Junior durante coletiva da Seleção Brasileira -

Na decisão da Copa do Brasil, Filipe Luís sabia que no segundo termpo o Atlético-MG arriscaria tudo. Daí a substituição de Gabigol pelo veloz Bruno Henrique, além da entrada posterior do rápido Plata. No contra-ataque, com bolas lançadas nas costas dos zagueiros adiantados, o Flamengo fez um gol e poderia ter feito outros. Quase todos os treinadores do mundo, incluindo os bons, não tirariam Gabigol por ele ser um goleador e pelo prestigio que tem.

Gabriel Militão, no segundo tempo, cometeu o erro frequente de muitos treinadores, incluindo os bons, de mudar demais os jogadores e a estratégia, na ânsia de ganhar o jogo. A equipe ficou confusa, perdida, que facilitou para o Flamengo.

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Evidentemente, não foram as condutas dos treinadores, nesta e na partida anterior, a única razão da conquista do título pelo Flamengo. Nós comentaristas temos o habito de achar um motivo mágico para explicar os resultados.

Gabigol será um ótimo reforço para o Cruzeiro, se for confirmada a contratação, embora o custo benefício seja discutível. Filipe Luís sabia de sua importância nos dois jogos decisivos, mas sabe que não da mais para ele continuar no Flamengo no próximo ano.

Gabigol estaria de malas prontas para o Cruzeiro
Gabigol estaria de malas prontas para o Cruzeiro | Foto: CRF / Divulgação

Quinta-feira a seleção brasileira enfrenta a Venezuela pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Dorival deve manter a estrutura tática, com Raphinha pelo centro, próximo do trio de atacantes, formado por dois pontas e um centroavante.

No Barcelona, o treinador Hansi Flick escala Raphinha como um atacante pela esquerda, que entra com frequência pelo meio para formar dupla com Lewandowski. O meio campo do Barcelona é formado por um centro médio (volante) e dois meio-campistas (Olmo e Pedri), que fazem parte da seleção espanhola.

Vinicius Júnior, atacante da Seleção Brasileira
Foto: RAFAEL RIBEIRO/CBF




Data: 04/09/24
Vinicius Júnior, atacante da Seleção Brasileira Foto: RAFAEL RIBEIRO/CBF Data: 04/09/24 | Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Uma das dificuldades de Vinícius Júnior na seleção é o fato de que o Real Madrid não possui um centroavante fixo. Vini e Mbapé ocupam este espaço, alternando as entradas em diagonal. Estes momentos são os que Vini mais brilha, com sua velocidade, habilidade e precisas finalizações. Na seleção, ele joga a maior parte do tempo aberto como ponta, onde há mais chances de ser marcado.

A seleção brasileira possui três excelentes pontas direitas: Luís Henrique, Estevão e Savinho. Qualquer um pode ser escalado e são muito parecidos na maneira de jogar. Inspiram-se no holandês Roben, canhoto, que tempos atrás, fascinou a todos jogando pelo Bayer com seus dribles para o centro e ótimas finalizações. Os três brasileiros aprenderam também a driblar para o lado e cruzar ou passar com o pé direito.

Guardiola teria sido sondado pela CBF
Guardiola teria sido sondado pela CBF | Foto: Darren Staples / AFP

Segundo noticiários na Europa, Guardiola teria sido convidado pela CBF, que desmentiu. Porém, como o presidente da entidade disse anos atrás que estava certa a contratação de Ancelotti, o que não ocorreu, fica a dúvida. Dorival Junior está atento. Ele sabe que o time precisa evoluir para continuar até a Copa do Mundo.

Há outros treinadores na fila. O jovem Filipe Luís que, antes de assumir o Flamengo, recusou o convite para ser auxiliar de Dorival, poderá ser uma opção, mesmo com apenas nove jogos na carreira. Ao contrário do que disse o pragmático Parreira, a vida e o futebol podem dar saltos, pular etapas. O jovem Scaloni, que nunca tinha sido treinador, é campeão do mundo pela Argentina.

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