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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos*

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 26 de outubro de 2025 às 6:40 h | Autor:

Marcinho Oliveira e a injúria racial portuguesa, um caso quase surreal

Confira a coluna de Levi Vasconcelos

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Deputado Marcinho Oliveira
Deputado Marcinho Oliveira -

O deputado Marcinho Oliveira (UB), empresário em Santa Luz e cercanias, região do sisal, é protagonista de um caso surreal. Lá um dia na Comissão de Infraestrutura que discutia a ViaBahia, a concessionária das BRs 324 e 116, disse que o presidente da empresa, José Pedro Guerreiro Bartolomeu, tinha origem portuguesa, “um povo que só veio para cá tirar proveito”.

Resultado: o português o processou por injúria racial. Marcinho foi citado pelo TJ-Ba para se explicar.

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– Jamais tive a intenção de desrespeitar a nacionalidade do senhor José Bartolomeu. Caso ele tenha se sentido ofendido, vou pedir minhas desculpas. Minha crítica jamais foi pessoal, mas dirigida à péssima qualidade das BRs 324 e 116, um contraste gritante com as estradas de excelente qualidade que temos em Portugal.

Sem moral – Impressiona a tal injúria racial aparecer em cena com um português se dizendo vítima. E tanto na versão portuguesa como no caso da Via Bahia, cabe perguntar: com que moral os portugueses podem falar em injúria racial?

Os portugueses chegaram aqui tratando índio e preto como sub-gente. Fizeram cemitérios em torno de igrejas achando que assim ficavam mais perto do céu. Vem desse tempo o racismo, uma chaga moral iniciada nos tempos das cavernas. E a injúria racial só foi tipificada na lei em 2023.

Ademais, a ViaBahia em si passou 15 anos cobrando pedágio, saiu ainda levando mais de R$ 800 milhões, deixando duas rodovias esculhambadas. De quem é a injúria?

Segundo Thiancle, nem só os ex-prefeitos melam o jogo

Thiancle Araújo (PSD), ex-prefeito de Castro Alves e pré-candidato a deputado estadual, admite que é verdade a queixa de alguns deputados, segundo a qual ex-prefeitos e pré-candidatos estão inflacionando o mercado, mas faz uma ressalva:

– Não é só ex-prefeito não, tem empresários e deputados também. Estão derramando dinheiro a rodo, no caso dos deputados, com emendas e empregos.

Segundo Thiancle, a situação chegou a um ponto que virou até um perigo postar fotos nas redes ao lado de lideranças.

– A gente posta foto aqui com uma liderança e no dia seguinte alguém vai lá oferecer dinheiro para tomar o apoio.

E em 2026 vai ser pior. Ele lembra que emendas de deputados pularam de R$ 4 milhões para R$ 12 milhões. Ou seja, eles atacam em todos os lados, com dinheiro e emendas.

Canal do Sertão vai ter apoio na bancada baiana

Wilson Mascarenhas, ex-prefeito de Várzea da Roça e um dos arautos do Canal do Sertão, diz que a 28ª Reunião Extraordinária do Comitê da Bacia do Paraguaçu, realizada anteontem em Feira de Santana, foi muito proveitosa. O melhor:

– O deputado Daniel Almeida (PCdoB) se comprometeu em levar o assunto para a bancada da Bahia em Brasília. E acreditamos que nossa bancada de deputados e senadores vai se sensibilizar. Vai fazer aqui como se faz no Ceará, quando o assunto é água, não tem partidos e nem ideologias, porque quando a água falta não tem essa distinção e quando chega também não.

O Canal do Sertão vai sair do São Francisco e levar água a 49 municípios que não têm.

Os orgânicos pedem espaço

A Comissão de Infraestrutura da Alba aprecia terça o parecer favorável da deputada Cláudia Oliveira (PSD) ao projeto do colega Pedro Tavares (UB) que obriga supermercados e similares a reservarem espaços para produtos orgânicos.

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Diz Pedro que o projeto está ‘em consonância’ com uma nítida tendência atual, os alimentos sem agrotóxicos. A ideia é boa. Resta saber se a lei será mesmo cumprida ou é mais uma que não acontece.

POLÍTICA COM VATAPÁ - Adalardo, o discurso

Setembro de 1962, comício de encerramento da campanha de Adalardo Nogueira, candidato a prefeito de Nazaré das Farinhas. Sebastião Nery, que narra a história, candidato a deputado estadual com apoio de Adalardo, inteligente, mas não sabia falar. Começava bem os discursos mas logo se enrolava.

Nery ficou atrás dele no palanque e ditava o resto do discurso: a criação de um ginásio, hospital, uma empresa para exportação da farinha de mandioca.

Praça lotada, Nery achou que os alto-falantes estavam fracos e, no intervalo de uma frase, advertiu:

– Fala mais alto.

Adalardo gritou a plenos pulmões:

– Fala mais alto!

Nery quase teve um infarto, mas emendou:

– Fala mais alto, povo de Nazaré! Grita, reclama, protesta, exige, porque vocês estão cansados de pedir sem serem atendidos!

Adalardo mandou:

– Fala mais alto, povo de Nazaré! Grita, reclama, protesta, exige!

Segundo Nery, foi um delírio, o melhor discurso da vida dele. Ganhou a eleição disparadamente fácil.

*Colaborou Marcos Vinicius

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