Pesquisas a um ano das eleições só sinalizam, mas nada definem
Confira a coluna de Levi Vasconcelos

Que me dizes das pesquisas que apontam ACM Neto na liderança para o governo?
A pergunta aí vem de Gilvan Medeiros, que mora na Graça. Mais especificamente ele quer saber se Neto pode mesmo derrotar Jerônimo ano que vem.
Amigo, jogo é jogo e resultado final é coisa mais para vidente do que para analista. Justo por isso convém ponderar alguns indicativos.
Primeiro, quem afere acerto de pesquisa é urna, mas nem por isso elas deixam de ter importância, elas sinalizam.
As de agora sinalizam que Neto é um candidato competitivo. No entanto, há outros ingredientes a ponderar, especialmente no que diz respeito ao cenário federal, que exerce influência decisiva cá.
LÁ E CÁ – Em 2006 Paulo Souto governador liderou todas as pesquisas até o dia da eleição, mas na campanha ACM, o velho, federalizou a disputa ao bater em Lula, presidente no primeiro mandato, deu Wagner.
Em 2022, ACM Neto liderou o tempo todo com folga, e na hora da urna Jerônimo chegou, mais uma vez puxado por Lula.
E 2026, como será? As pesquisas vistas em série sinalizam que não só Jerônimo, mas Lula também, estão reagindo positivamente, caindo os índices de rejeição e subindo a intenção de voto.
Enquanto isso, no plano federal o adversário de Lula ainda é uma incógnita. Bolsonaro na cadeia, ao invés de unir a direita, com o tarifaço e o filho Eduardo, fazem o inverso. As sinalizações das pesquisas ditam que o cenário não é bom para Neto.
COLABOROU: MARCOS VINICIUS
Leia Também:
Carballal vai à França ampliar as parcerias para a mineração
Em missão na França com a missão de ampliar a presença baiana no cenário global da mineração, Henrique Carballal, presidente da Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM), junto com o vice, Carlos Borel, se reuniu ontem com o cabeça de Energia e Mineração da Embaixada do Brasil em Paris, Pedro Brancante, e diretores da Infravia Capital e do BPI (Banco de Investimento da França).
A embaixada vai acompanhar de perto o desenrolar das negociações com as instituições financeiras que já demonstraram interesse em investir no potencial mineral baiano.
A mineração na Bahia vive um momento de expansão. Até 2028, serão investidos US$ 9 bilhões na mineração do estado, o equivalente a 16% do total de investimentos do setor no Brasil. A diversidade de recursos naturais é o ponto forte
A propaganda do crematório
E eis que numa das faculdades de comunicação de Salvador o aluno diz ao professor: ‘O senhor viu propaganda com o nome do crematório do cemitério do Bosque da Paz? Eu nunca vi isso’.
E o professor: ‘Eu também não. Mas posso garantir que cientificamente é um bom negócio. Segundo os dados do IBGE, o índice de reclamações é zero’. Parece piada, não? Mas o caso aí foi de verdade
Sérgio Carneiro, a volta por cima no perrengue da lista
Em vias de completar 65 anos agora em outubro, Antonio Sérgio Barradas Carneiro, filho do ex-governador João Durval Carneiro, deputado estadual, quatro vezes federal, hoje secretário da Mobilidade de Feira de Santana, ganhou de presente um fato indigesto, a divulgação da lista de doentes que não mais teriam direito a transporte, fato de repercussão nacional.
Com larga tradição de defesa dos que vivem em tais situações, ele jamais praticaria um ato para prejudicar essa gente, mas ao invés de procurar culpados, assumiu. E fala:
– Não entreguei ninguém, o secretário sou eu, a responsabilidade é minha.
Ficou maior. Todo mundo em Feira o inocenta.
POLÍTICA COM VATAPÁ - O erro gráfico
Janeiro de 1974. Ariston Cardoso, prefeito de Ilhéus, um dos delegados da Arena baiana no Colégio Eleitoral (os 504 eleitores da eleição indireta) que elegeu o general Ernesto Geisel presidente da República, voltava de Brasília feliz da vida, contando as maravilhas de ser eleitor presidencial.
Armando Oliveira, fina flor da imprensa baiana (e da crônica esportiva), escreveu no Diário da Tarde, de Ilhéus:
"O prefeito Ariston Cardoso chegou de Brasília com as mãos inchadas de tanto aplaudir tamanho cinismo"'.
O jornal bateu nas ruas, o tititi se formou, Armando ligou para o prefeito:
– Ariston, prezado, me desculpe. Foi um erro do pessoal da composição, que trocou o “v” pelo “n”. Eu escrevi civismo.
– Da minha parte, já escaldei. Não quero mais saber de votar para presidente. Agora, quanto a você, vá se explicar com Geisel.
Dia seguinte o Diário da Tarde explicou o erro e pediu desculpas. O bom Armando, que nos deixou em janeiro de 2005, dizia que a história é real.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.