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Papo Pet

Por HIlcélia Falcão

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ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 15 de março de 2025 às 10:00 h • Atualizada em 17/03/2025 às 19:08 | Autor:

Cães atores da Bahia brilham em filmes e comerciais de TV

Longe da fama do Oscar, Tynna fez cenas semelhantes às de Pimpão, de ‘Ainda estou aqui’

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Rafael Ramos, veterinário comportamentalista e dono da Cão de Ouro Adestramento, escola e hospedagem para pets
Rafael Ramos, veterinário comportamentalista e dono da Cão de Ouro Adestramento, escola e hospedagem para pets -

Nem só de Oscar e Fido Awards vivem os cães atores do Brasil. A Bahia também tem seus talentos no universo pet. Longe da fama que premiou os animais que interpretaram o cachorro da família Paiva, o Pimpão, em Ainda Estou aqui, a fox paulistinha Tynna e o spitz alemão Argo já brilharam em filmes baianos e comerciais de TV. Ela participou das películas Café com Canela e Ilha, da dupla de cineastas baianos Glenda Nicácio e Ary Rosa. Ele de comerciais de TV.

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O longa Ilha ganhou o prêmio de Melhor Filme, em 2018, na mostra Novos Rumos, na 20ª edição do Festival do Rio, o maior festival de cinema da América Latina. E longe dos holofotes, Tynna segue sua vidinha de cão feliz.Para interpretar a cachorrinha de estimação de uma família periférica, ela passou por um processo de treinamento, que é feito com base em reforço positivo, respeitando sempre os limites físicos e emocionais do cão.

Tynna, cadela da raça Fox Paulistinha que participou do filme Café e Canela
Tynna, cadela da raça Fox Paulistinha que participou do filme Café e Canela | Foto: Clara Pessoa /Ag. A Tarde

“Algumas medidas fundamentais incluem treinamento prévio e gradual, para que o animal se acostume ao ambiente de gravação e tempo controlado no set”, explica o médico veterinario comportamentalista Rafael Ramos , 39 anos, tutor de Tynna e especialista neste tipo de preparação. Ele explica que os cães são os últimos a chegar e os primeiros a sair, para evitar estresse por longos períodos de espera.

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A conduta de Rafael Ramos no trato com os animais no set de filmagens vem da sua experiência de médico veterinário comportamentalista. Como ele próprio define, ao longo de 25 anos, trabalha para melhorar a convivência entre tutores e seus cães. O êxito nesta área o fez participar de diversas produções. Ele tem no curriculo propagandas de Natal, de medicamentos veterinários, de operadoras de telefonia, de rede de água, de acholatados, além dos filmes Café com Canela e Ilha.

O spitz Argos, de 8 anos, é um desses atores treinados por Rafael. Acostumado a identificar perfis adequados à produção cinematográfica local, o veterinário viu no cãozinho aptidão para a arte. “Ele gravou o primeiro comercial da Vivo e depois, a mesma artista gravou mais dois de uma marca de carrapaticida”, conta a tutora administradora de empresas Cristiane Queiroz, 52 anos. Tudo isso foi possível porque Argos tem acompanhamento comportamental do próprio Rafael desde que era filhote.

Fama e dinheiro

Mas qual a diferença entre o universo local e o ambiente de fama como no filme de Walter Salles em que o cão Ozzy e seus dublês ganharam o protagonismo internacional? As rígidas necessidades de treinamento e entregas de resultados previstas em contrato são um desafio a mais para tutores e treinadores de animais para grandes produções. Nelas, a pressão é maior.

Tynna, cadela da raça Fox Paulistinha que participou do filme Café e Canela
Tynna, cadela da raça Fox Paulistinha que participou do filme Café e Canela | Foto: Clara Pessoa /Ag. A Tarde

É por isto que cuidados com o bem estar do bichinho antes e durante as gravações são essenciais. “Eu tinha dublês no set para dar conforto e não exaurir o titular. Também tínhamos um veterinário no set em todas as filmagens para qualquer intercorrência que, graças a Deus, não aconteceu”, conta in-Coelum Perdigão, 68 anos, adestradora e especialista animal que trabalhou em Ainda Estou Aqui. Juíza de cães de todas as raças e criadora para a preservação da raça Rhodesian Ridgeback, ela conta que solicitou uma sala com ar condicionado para conforto dos cães antes e depois de rodar. “Produções audiovisuais precisam seguir diretrizes para garantir que os animais não sofram com o processo. A presença de profissionais qualificados no set é essencial para que os cães trabalhem de forma segura e positiva”, explica Ramos.

A cena da praia, em que Pimpão é achado pelo menino Marcelo, um SRD abandonado, foi um dos maiores desafios para Ozzy, que segundo in-Coelum, tinha três dublês. “Era a cena que mais me preocupava. Tínhamos muitos figurantes, carros próximos na rua, enfim, muitos riscos”, conta. Felizmente, deu tudo certo e o ator da raça Jack Russel Terrier, nascido em outubro de 2022, recebeu um prêmo inédito no Brasil.

DR. PET: veja os cuidados para garantir o bem estar animal no set

No caso de Ainda Estou Aqui, mais de um cão foi usado nas filmagens. Por que isto é feito desta forma?

O uso de múltiplos cães em uma produção acontece por dois motivos principais: 1. Bem-estar animal, dividir as cenas entre diferentes cães permite que cada um descanse adequadamente e evita o desgaste físico e mental. 2. Especialização em comandos: alguns cães são melhores em determinados comportamentos. Um pode ser excelente para cenas de corrida, outro para expressões faciais ou interações mais sutis. Isso torna o resultado mais natural.

Como se dá a seleção dos animais?

A seleção é feita com base em critérios como: temperamento dócil, já que os cães precisam interagir com várias pessoas; boa socialização, pois o set de filmagem é um ambiente movimentado;. capacidade de aprendizado e resposta a comandos, essencial para que o cão execute as ações diante das câmeras; ausência de medos excessivos, pois câmeras, luzes e ruídos.

Fonte: veterinário Rafael Ramos

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