Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > RESENHA RUBRO-NEGRA
COLUNA

Resenha Rubro-Negra

Por Angelo Paz

ACERVO DA COLUNA
Publicado sexta-feira, 03 de janeiro de 2025 às 6:10 h | Autor: Angelo Paz

Chegue mais, ano novo!

Confira a coluna do jornalista Angelo Paz

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Torcida do Vitória foi um diferencial na campanha do time  na Série A
Torcida do Vitória foi um diferencial na campanha do time na Série A -

Um pouco antes de celebrar a chegada de 2025 tive um momento rubro-negro memorável, do qual compartilharei um pouco aqui nestas linhas. Reencontrei um torcedor do Vitória que conseguiu definir o que fui incapaz de descrever: ao falarmos deste momento do Leão, o amigo Paulo Leandro, de bate-pronto, me colocou na cara do gol: “O Vitória é o time do amor”. Lúdico, sim. Também completamente alinhado a realidade de reconstrução de um clube que há quatro anos estava prestes a pisar na Série D do Brasileiro.

Leia Também

>>Elenco reforçado: veja os nomes que o Vitória deve anunciar para 2025
>>"Foi um privilégio fazer parte", recorda João Burse sobre reconstrução
>>Vitória empresta meia cria da base para clube paulista

O Vitória ressurgiu graças ao sentimento de uma torcida presente mesmo quando o bicho estava pegando. É o caso que gostamos de falar quando nos referimos a uma verdadeira amizade. Daquele amigo ou amiga que está conosco independentemente do grau de dificuldade. Quando não fisicamente, até em pensamento. Ao sofrer tanto, o Leão só poderia ser salvo pelo amor. Não é a primeira vez. Na casa deste mesmo amigo vi alguns posters históricos de momentos do Leão, como o título de campeão baiano de 1985, amplamente celebrado pela massa rubro-negra. Ah, mas foi título estadual… A vida me ensiou que é bom evitarmos menosprezar memórias de outrem que jamais serão esquecidas.

Me referi a este título uma vez que, por vezes, cai bem olharmos um pouco para trás. Assim encontramos o referencial que precisamos para seguir em frente. É por isso que a geração mais jovem de rubro-negros vai sempre se lembrar do barril que foi jogar uma Série C, do quão inesquecível foi ver um acesso após o clube chegar a 2,6% de chances de subir restando poucas rodadas para o fim da fase de classificação da Série C.

Geração esta que viveu intensamente no ano seguinte o primeiro título nacional da história. Uma campanha de plena sintonia com a torcida, sempre com o Barradão cheio. Assim também foi em 2024. Como esquecer o clima do Manoel Barradas na virada histórica pra cima do Bahia na primeira partida da decisão do título estadual? Tomar 2x0 em casa e buscar um 3x2 na última bola do jogo é absolutamente para sempre. Eu mesmo já revisitei os vídeos deste jogo inúmeras vezes. E vejo sempre com a mesma emoção, não só pelo resultado, mas como ele acabou sendo construído, no gogó da torcida.

É essa torcida que inicia este 2025 cheia de expectativa. E tem diversos motivos para tal. O Leão terá a temporada mais cheia dos últimos tempos. Tem um calendário completo, graças a classificação à Sul-americana. Que merece ser muito celebrada, viu. Preciso só fazer uma leve contextualiação da disparidade orçamentária do futebol brasileiro: o Leão finalizou à Série A em 11° colocado após disputar o campeonato com uma folha salarial mensal de R$ 5,3 milhões. Uma posição à frente, o Vasco disputou o mesmo campeonato com uma folha de pouco mais de R$ 15 milhões. Ou seja, o Leão fez muito com um terço do orçamento de um clube que hoje nem briga pelas primeiras posições.

Nem vou entrar aqui na alçada de comparações financeiras com os clubes que disputaram vaga na Libertadores. Vamos voltar a falar de amor. É essa ideia que cada jogador que vestir essa camisa precisa ter. Aos que ficaram, fica também a responsa extra de repassar essa ideia aos novatos, que terão que se dedicar 100% para fazer mais um ano vencedor para o Leão. Assim eu acredito. As dificuldades mais uma vez serão imensas. Apesar de elevar um pouco a folha salarial (para pouco mais de R$ 7 milhões), o Rubro-negro terá a necessidade de um elenco mais extenso e qualificado, para que tenha fôlego para as disputas do Baiano, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-americana e Brasileiro.

O time de Carpini já tem garantido ao menos 61 jogos na temporada. Este foi o número de partidas que o clube fez este ano, por exemplo. A fome, entretanto, é de mais partidas. O passo a passo para tal só será possível com a sintonia de costume entre torcida, clube e jogadores. Muitas vezes a perna vai cansar, a qualidade faltará, mas essa gana de fazer mais com menos terá de prevalecer. Assim é o Vitória.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco