CIENTÍFICO
Homens barbudos carregam mais bactérias que cães, aponta pesquisa
Estudo alerta para microrganismos presentes na barba e destaca higiene de equipamentos

Por Isabela Cardoso

Um estudo publicado na revista European Radiology aponta que os pelos faciais de homens apresentam mais microrganismos capazes de causar doenças do que os pelos de cães. Entre os patógenos identificados estão a Enterococcus faecalis, ligada a infecções urinárias, e a Staphylococcus aureus, que pode causar complicações graves se atingir a corrente sanguínea.
A pesquisa foi motivada pela necessidade de avaliar riscos de contaminação em aparelhos de ressonância magnética (RM) usados tanto por humanos quanto por animais. Em hospitais, exames veterinários de pequeno porte frequentemente utilizam equipamentos humanos, o que levantou a dúvida sobre a presença de bactérias nos pelos de homens e cães.
O resultado surpreendeu os pesquisadores. “Com base nesses resultados, os cães podem ser considerados limpos se comparados aos barbudos”, afirmou Andreas Gutzeit, da Hirslanden Clinic, na Suíça, em entrevista ao Daily Mail.
Como o estudo foi conduzido
Foram coletadas amostras de pele e saliva de 18 homens barbudos, com idades entre 18 e 76 anos, que não haviam sido hospitalizados no último ano. Paralelamente, 30 cães de diferentes raças tiveram material recolhido de regiões onde costumam surgir infecções de pele.
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Além disso, os pesquisadores analisaram diretamente os aparelhos de RM utilizados, verificando a transferência de microrganismos entre humanos e animais. O foco era identificar colônias capazes de causar doenças em pessoas.
Homens carregam mais microrganismos
Todos os 18 homens apresentaram elevadas quantidades de bactérias, tanto na pele quanto na saliva. Entre os cães, 23 dos 30 tiveram resultado positivo. Sete homens e quatro animais apresentaram microrganismos oportunistas, capazes de provocar infecções ao colonizar certas partes do corpo.
As bactérias mais recorrentes foram E. faecalis e S. aureus, esta última presente em até metade da população adulta e capaz de gerar complicações graves se atingir a corrente sanguínea.
Não é hora de raspar a barba
Apesar da maior carga bacteriana observada nos homens, os autores do estudo não recomendam a retirada da barba. O principal alerta é sobre a higienização de equipamentos médicos, que podem ser contaminados mais facilmente do que se supunha.
O estudo reforça a importância da limpeza constante em hospitais, protegendo pacientes e profissionais de saúde de potenciais infecções.
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